Aracaju registra redução no índice de infestação do Aedes aegypti e reforça cuidados para proteger a população
Aracaju encerrou o mês de novembro de 2025 com mais um avanço importante no enfrentamento ao Aedes aegypti. O 6º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) registrou nova redução no índice de infestação predial, que passou de 1,4% para 1%, representando uma queda de 28,6% em comparação ao levantamento anterior. O resultado classifica o município como de baixo risco e beneficia diretamente a população, que passa a enfrentar menor exposição às doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya. Dos 48 bairros avaliados, 23 foram classificados como de baixo risco e 25 como de médio risco, sem nenhum bairro em alto risco.
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Duanne Marcele, o desempenho positivo é resultado da atuação contínua da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da colaboração dos moradores. “A redução vem sendo observada ao longo dos últimos levantamentos, que registraram inicialmente 2,1%, depois 1,4% e agora 1%. Ações como mutirões, intensificação das visitas domiciliares, utilização de bomba costal, aplicação do fumacê e inspeções realizadas pelos agentes de endemias têm sido essenciais para eliminar focos, orientar moradores e reforçar comportamentos preventivos”, detalhou.
A coordenadora ressaltou, ainda, que “esse trabalho só alcança resultados expressivos devido à participação da população, que tem permitido o acesso das equipes às residências e mantido cuidados necessários para evitar o acúmulo de água parada”.
Embora o cenário geral seja favorável, alguns bairros registraram aumento nos índices de infestação e permanecem como áreas de atenção. Entre eles, estão: Cidade Nova (3,9%), 18 do Forte (2,4%), Capucho (2,4%), Dom Luciano (2,1%), Industrial (2,0%), Lamarão (2,0%), Palestina (1,9%) e Aeroporto (1,2%). “Essas localidades receberão reforço nas estratégias de vigilância e controle, especialmente nos pontos onde há maior concentração de focos ou registro de casos notificados de dengue, zika e chikungunya”, frisou Duanne Marcele.
O levantamento também identificou os principais tipos de criadouros encontrados na capital. A maior parte está relacionada ao abastecimento de água, como lavanderias, caixas d’água e tonéis, que correspondem a 42% dos focos. Em seguida aparecem depósitos domiciliares, como vasos e pratinhos de plantas, ralos e sanitários em desuso, que representam 37% dos registros. Tanques e calhas somam 15%, lixo e resíduos sólidos representam 5%, e pneus aparecem com 1%. A predominância de criadouros no interior das residências reforça a necessidade de manutenção de cuidados diários por parte dos moradores, uma vez que o comportamento dos focos varia de acordo com os hábitos da população.
Para assegurar a continuidade dessa tendência de redução, a SMS reforça a importância de práticas cotidianas que evitam a proliferação do mosquito. Entre as orientações estão esvaziar e lavar com escova recipientes que acumulam água, manter caixas d’água e reservatórios sempre fechados, eliminar ou preencher com areia os pratinhos de plantas. Além de descartar de maneira adequada materiais e resíduos que possam reter água, guardar garrafas viradas para baixo, limpar calhas e ralos, evitar o acúmulo de entulho em quintais e terrenos e higienizar bandejas de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado.
Permitir a entrada dos agentes de endemias durante as inspeções domiciliares é essencial para garantir a eliminação de focos e o monitoramento das áreas de risco. O trabalho de orientação e educação da população é essencial para que as ações preventivas sejam eficazes e a comunidade se torne corresponsável.
Possíveis focos do Aedes aegypti podem ser comunicados à Ouvidoria da Saúde, pelo telefone 0800 729 3534 (opção 2). As equipes seguem mobilizadas e atuando de maneira contínua para reduzir cada vez mais a presença do mosquito na cidade e garantir um ambiente mais seguro para todos.