Sergipe: um caso de gestão eficiente e resultados concretos :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha*
Fazendo uma leitura mais aprofundada da condição apresentada pelo estado, diante do cenário exposto, vemos o quanto o desempenho de Sergipe no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, com dados de 2024 consolidados, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), ratifica o estado como um dos grandes destaques da federação em termos de gestão pública. A ascensão em 13 posições no pilar de sustentabilidade ambiental não é mero acaso: trata-se do reflexo de políticas coordenadas, investimentos estratégicos e fortalecimento institucional.
Os Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), executados pela Desenvolve-SE, desempenharam papel essencial nesse avanço, permitindo recuperar espaços antes comprometidos e criando condições para uso sustentável do território. Paralelamente, a concessão da Deso à Iguá permitiu a entrada de R$ 6 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos, além dos R$ 4 bilhões já conquistados com sua outorga. Isso gerou um ciclo virtuoso de investimentos em infraestrutura hídrica e ambiental, com impacto direto na melhoria dos índices e na preservação dos recursos naturais, devido aos recursos injetados.
Vale destacar também que a Desenvolve-SE atuou de forma decisiva na prospectagem, implantação e ampliação de mais de 50 empresas em Sergipe, garantindo diversificação produtiva, geração de renda e atração de novos investimentos para a economia estadual. Entre as empresas captadas está a Ambipar, líder global em soluções ambientais, que já está com previsão de investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos anos. Esse movimento promove um ciclo de alto crescimento e desempenho empresarial, que tem consolidado o estado como ambiente competitivo para negócios, integrando sustentabilidade, inovação e dinamismo empresarial.
Na área da inovação, o estado também avançou. A Fapitec fortaleceu sua atuação ao ampliar o volume de recursos aplicados em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Esse movimento não apenas dinamizou a produção científica, como também aumentou a capacidade de Sergipe em atrair empresas desse segmento, criando um ecossistema mais competitivo e preparado para os desafios da economia do conhecimento.
No campo social, os resultados são igualmente relevantes. Entre 2023 e 2024, cerca de 176 mil sergipanos deixaram a condição de pobreza e outros 84 mil saíram da extrema pobreza. Essa transformação é reflexo de uma gestão que aliou humanização da atenção social com políticas estruturadas de redução de desigualdades, conduzidas pela Seasic. A combinação de novos programas sociais com maior eficiência administrativa reposicionou o estado na agenda da inclusão.
No mercado de trabalho, a Seteem cumpriu papel estratégico ao impulsionar políticas de emprego e empreendedorismo, fortalecendo a inserção de trabalhadores no mercado formal e estimulando a criação de novos negócios. A evolução do emprego em Sergipe nos últimos anos é reflexo de ações integradas que conjugam qualificação, intermediação e apoio direto aos pequenos empreendedores.
Nesse mesmo sentido, destaco o primeiro ente não componente do aparelho público estadual: o Sistema Fecomércio-Sesc-Senac consolidou-se como parceiro fundamental da política de desenvolvimento estadual. Seus investimentos em qualificação profissional, formação empreendedora e apoio à economia criativa e solidária reforçam a capacidade de Sergipe em preparar sua mão de obra para os novos desafios econômicos, ao mesmo tempo em que geram oportunidades de inclusão produtiva e inovação social.
Do ponto de vista fiscal, Sergipe se destacou nacionalmente. O trabalho da Sefaz levou o estado ao primeiro lugar no Brasil em resultado primário, além da melhora significativa do índice de liquidez. Esses resultados reforçam a capacidade de planejamento e execução de políticas com responsabilidade, garantindo previsibilidade e solidez para os próximos anos. A Seplag, por sua vez, teve papel central na coordenação e integração de políticas públicas, assegurando que os ganhos fossem distribuídos de forma equilibrada entre as diferentes áreas.
Outro ponto de destaque foi a atuação do Ministério Público do Trabalho em Sergipe. O trabalho desempenhado levou o estado a subir 13 posições no combate ao trabalho infantil e colocou Sergipe na liderança nacional do enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão, consolidando-se como referência em proteção social e laboral. Também um não componente da estrutura estadual, mas que teve atuação destacada pelo estudo.
Em síntese, os resultados de 2024 mostram que Sergipe alcançou avanços robustos em sustentabilidade, inovação, inclusão social, dinamismo empresarial e solidez fiscal. Mais do que indicadores, esses números refletem uma gestão administrativa qualificada, que se tornou diferencial competitivo em um cenário nacional de grandes desafios. Esses fatores foram fundamentais para reposicionar Sergipe no cenário nacional, hoje ocupando a 12ª posição no Brasil e a 2ª no Nordeste, um marco que projeta o estado para uma trajetória ainda mais promissora nos próximos anos.
*Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva e MBA em Business Intelligence com experiência de 26 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
