Aracaju (SE), 26 de novembro de 2025
POR: Tharciana Miranda
Fonte: Conversion
Em: 26/11/2025 às 10:04
Pub.: 26 de novembro de 2025

"Tem proteína?”: pergunta soma mais de 2 milhões de buscas no Google

Interesse crescente dos brasileiros por diferentes fontes do nutriente sugere a vontade de encontrar alternativas acessíveis e sustentáveis para a rotina 

Alimentos - Imagem ilustrativa gerada por IA

Alimentos proteicos se popularizaram junto da expansão do universo fitness e das dietas voltadas ao ganho de massa muscular. Ao mesmo tempo, novos estudos foram feitos para analisar benefícios e formas de facilitar o acesso a esse nutriente. Refeições com proteína vegetal se comprovaram uma alternativa econômica, sustentável e ainda mais nutritiva. 

Além da proteína, vegetais comuns nas refeições brasileiras possuem fibras, aminoácidos, vitaminas e minerais, o que simplifica o ajuste de hábitos alimentares. O reflexo desse processo de conscientização é o aumento no volume de usuários que recorrem ao Google para se informar sobre a composição de frutas, legumes, verduras e cereais.

No último ano, 2 milhões de pesquisas foram feitas no buscador com assuntos relacionados à pergunta “tem proteína?”. Esses dados foram apurados por um recente levantamento conduzido pela Ocean Drop, marca de suplementos naturais, e mostram a crescente preocupação dos brasileiros com a comida. 

A pesquisa também mostrou quais as fontes alternativas de proteína mais pesquisas pelos brasileiros no período de novembro de 2024 a outubro de 2025, sobretudo de origem vegetal. O aumento dos números indica uma tendência da população a buscar por alimentos com maior teor proteico, influenciados pelas pautas de bem-estar e ganho de massa muscular em alta nas redes sociais.

Fonte: Ocean Drop

Quais alimentos têm proteína? 

A carne animal ainda predomina no imaginário social quando se pensa em formas de consumir calorias proteicas. Até por essa razão, surgem dúvidas sobre onde mais encontrar esse nutriente. Essa pergunta, inclusive, apareceu no estudo da Ocean Drop e respondeu por 73.700 buscas no Google em um ano.

Fato é que a ciência identificou vegetais com valores nutricionais até mais interessantes ao organismo do que a proteína animal. A entrevista com a autora do livro “Pré-Diabetes: Um Guia Completo” (tradução livre), Jill Weisenberger, na revista National Geographic, revela a quinoa, o pistache, a soja, entre outros, como fontes completas, isto é, com os 9 aminoácidos que o corpo precisa. 

Não por acaso, a indústria de suplementos aposta na modalidade vegana, diante do alto valor biológico. Entre os benefícios, estão a facilidade na digestão, a maior abrangência de tolerância a alergias, o menor impacto ambiental e os preços mais acessíveis. 

Ainda assim, comer frutas, legumes, verduras, sementes e cereais atende a necessidade orgânica por fibras. De modo geral, esses alimentos que oferecem proteína vegetal também ajudam a regular o colesterol e o açúcar no sangue e a reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. 

É possível destrinchar as informações do gráfico e separar em categorias para entender melhor o relatório da Ocean Drop, de modo a ver quais tipos de alimentos são os mais buscados pelos brasileiros para saber a quantidade de proteína.

Frutas

Na ordem das frutas com valor proteico e volume de buscas, estão: banana (61.200); abacate (20.180); açaí (17.400); e goiaba (16.870). Destas, a goiaba é a que possui maior concentração de proteína, sendo aproximadamente 2,8 gramas para cada 100 g. 

Leguminosas

Entre as leguminosas, aparecem: feijão (62.200); amendoim (21.500); lentilha (20.600); e grão-de-bico (17.280). Estas englobam um padrão elevado, por conterem proteína vegetal e aminoácidos importantes. Cerca de 30 g de amendoim, por exemplo, fornecem 8,25 g de proteínas, além de aminoácidos que ajudam na redução do colesterol ruim. 

Cereais

Na família dos cereais, foram pesquisados: aveia (53.200); e arroz (37.100). Embora o arroz seja uma boa fonte, a aveia tem nutrientes essenciais, como zinco, fósforo, magnésio e fibras. 

Tubérculos 

Nas raízes, foram buscadas: batata-doce (35.400); e batata (11.960). Entre elas, a inglesa se destaca em valor proteico. 

Verdura

A única verdura da lista foi o brócolis (21.900), e entre as opções, figura como uma das melhores fontes de proteína (cerca de 2 g a cada xícara), por também fornecer fibras e macronutrientes. 

Semente 

A chia foi a semente que apareceu na lista (18.620) e se destaca pela praticidade e versatilidade. Esse ótimo acompanhamento de saladas, frutas e iogurtes ajuda a fortalecer o sistema imunológico. 

Preparos 

Ainda na pesquisa sobre a presença de proteína, estiveram na listagem do estudo o cuscuz (15.480) e a pipoca (14.720). Por serem feitos a partir do milho, são opções saudáveis e de baixo custo para a meta de consumo proteico. Entre os dois lanches, a pipoca possui maior concentração do nutriente. 

Sustentabilidade no prato 

Para definir o que é sustentável, costuma-se avaliar o tripé de sociedade, economia e meio ambiente. A substituição da origem animal por vegetais que fornecem nutrientes proteicos pode se enquadrar nessa definição, diante do contexto atual. Isso porque, embora o preço da carne tenha caído 0,43% em agosto, segundo o IBGE, o acumulado na inflação foi de 22,17%.

Esse cenário colabora para a continuidade da popularização do veganismo e do vegetarianismo, visto que existem opções mais baratas para se consumir nutrientes. No Brasil, o mercado de proteínas vegetais cresceu 42% entre 2021 e 2022, e o evidente interesse pelo setor aponta para uma ascensão contínua deste campo. 

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