Alergias em alta expõem impacto do ar interno na saúde respiratória
Com ambientes cada vez mais fechados e pouca ventilação, especialistas alertam que a má qualidade do ar dentro de casa amplia crises alérgicas e agrava quadros como rinite, sinusite e asma
Com o aumento das alergias, a qualidade do ar nos ambientes internos se tornou um fator decisivo para a saúde respiratória. No Brasil, estimativas apontam que cerca de 30% da população convive com doenças respiratórias associadas a alérgenos. Substâncias comuns em casa, como ácaros da poeira, mofo e pelos de animais, podem desencadear crises de rinite alérgica ou asma, sobretudo em espaços mal ventilados.
Ar de casa influencia alergias?
Ambientes fechados amplificam a exposição a alérgenos. Estudos nacionais mostram que pacientes com rinite e asma frequentemente convivem com mofo e poeira acumulada nos cômodos.
Além disso, aproximadamente, 40% das pessoas com rinite também apresentam asma, evidenciando a relação entre esses quadros. A poluição interna, especialmente quando há umidade ou ventilação insuficiente, favorece inflamações das vias aéreas e piora dos sintomas.
Como combater alergias respiratórias
Para reduzir os efeitos das alergias respiratórias em casa ou no trabalho, especialistas recomendam medidas simples, mas eficazes:
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ventilar os ambientes diariamente;
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limpar superfícies como estofados, cortinas e tapetes com pano úmido;
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fazer manutenção de filtros e ar-condicionado;
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controlar a umidade para evitar mofo;
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lavar roupas de cama regularmente em água quente.
Para pessoas mais sensíveis ou com crises frequentes, o uso de um purificador de ar pode ser um recurso estratégico para filtrar partículas de pó, esporos de fungos e outros alérgenos, contribuindo para um ambiente interno mais saudável.
Além disso, especialistas destacam que as transições entre estações, especialmente períodos secos ou com maior concentração de pólen, intensificam os sintomas. Controlar o ambiente nesses momentos ajuda a evitar picos de crises e melhora a qualidade de vida de quem convive com alergias.
A relação entre qualidade do ar interno e alergias também aparece em estudos internacionais. Pesquisas publicadas em bases científicas indicam que pessoas expostas continuamente a alérgenos domésticos têm maior risco de desenvolver inflamações crônicas das vias aéreas, especialmente quando há ventilação deficiente.
Esses ambientes acumulam partículas invisíveis que permanecem suspensas no ar por horas e agravam quadros preexistentes, como rinite e sinusite.
Outro ponto de atenção é o tempo que as pessoas passam dentro de casa. Estimativas globais sugerem que indivíduos passam até 90% do dia em ambientes internos, o que potencializa a exposição a agentes irritantes.
Quando a limpeza é irregular ou a umidade se mantém alta, a proliferação de fungos e ácaros aumenta, tornando a casa um gatilho constante para crises alérgicas, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Profissionais de saúde reforçam que a prevenção depende tanto de hábitos cotidianos quanto de atenção ao ambiente. Pequenas mudanças, como manter janelas abertas quando possível e evitar acumular objetos que retêm poeira, podem reduzir significativamente a carga de alérgenos.
Em locais nos quais a ventilação natural é limitada, estratégias como o uso de um purificador de ar tornam-se ainda mais relevantes para minimizar partículas nocivas e melhorar a qualidade do ar respirado no dia a dia.