Senador Laércio Oliveira defende energia como eixo do desenvolvimento regional
O senador Laércio Oliveira (PP-SE) defendeu a energia como base para a geração de empregos, a competitividade industrial e a redução das desigualdades regionais durante a abertura do seminário “Energia e Desenvolvimento Regional: Convergência para o Brasil do Futuro”, realizado nesta terça-feira (data) em Brasília. O evento é promovido pela Eneva em parceria com o portal Poder360 e reúne governadores, parlamentares, especialistas e representantes do setor energético. No mesmo painel, participaram o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o senador Eduardo Braga.
Em seu discurso, Laércio destacou que o debate sobre energia precisa estar diretamente ligado ao desenvolvimento regional, ressaltando que o Brasil só avançará de forma equilibrada se as regiões produtoras de energia também forem beneficiadas com os investimentos e a riqueza gerada. “Não há emprego sustentável sem energia competitiva, abundante, confiável e segura. A energia é o pilar fundamental para garantir prosperidade e oportunidades”, afirmou.
O senador reforçou que o Brasil vive um processo de adição energética e não de simples substituição, no qual fontes renováveis — como eólica e solar — precisam ser complementadas por energia firme para assegurar estabilidade ao sistema.
Laércio enfatizou o papel do gás natural como elemento essencial para garantir segurança energética no país. Ele lembrou que o Nordeste, especialmente Sergipe, tem ampliado sua relevância no setor, com a operação do terminal de GNL e da usina termelétrica Porto de Sergipe I, além da perspectiva de novos investimentos em águas profundas. “O gás é a ponte para garantir competitividade e complementar energias renováveis intermitentes. A transição energética não é possível sem ele”, disse.
Ele também citou iniciativas em andamento no estado, como projetos de hidrogênio verde, fertilizantes e instalação de data centers, que dependem de expansão de infraestrutura energética.
Ao abordar o ambiente regulatório, o senador destacou a necessidade de segurança jurídica e estabilidade das regras para atrair investimentos de longo prazo no setor. “Produzir energia é caro em qualquer lugar do mundo. Ninguém investe sem previsibilidade. Por isso, a atuação das agências reguladoras é essencial”, afirmou.
Laércio defendeu as agências com a mesma veemência com que apoiou, em sua trajetória legislativa, reformas voltadas ao ambiente de negócios, como a regulamentação da terceirização e a reforma trabalhista.
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES
Um dos pontos centrais do discurso foi a defesa de um modelo que permita que parte da riqueza gerada pela produção energética permaneça nas regiões produtoras. “Não é justo produzir, exportar e não desenvolver. É preciso mecanismos para garantir que parte da riqueza fique na região e viabilize projetos estruturantes”, destacou.
Ele citou exemplos de investimentos estratégicos possíveis com essa redistribuição: siderurgia verde, hidrogênio verde, polos tecnológicos e data centers.
Ao concluir, o senador reforçou que vontade política, segurança jurídica e visão estratégica conjunta entre União e estados são elementos indispensáveis para um Brasil mais próspero e equilibrado. “Se tivermos uma política energética eficiente, a competitividade chega à indústria, o emprego chega à sociedade e o Brasil avança. O futuro do desenvolvimento passa pela energia”, finalizou.