Estão tentando induzir o chefe do executivo do nosso estado ao erro?

Como se não bastassem as previsões e estudos catastróficos de alguns professores da UFS, que ao politizarem os números, não acertam um prognóstico desde o início da pandemia. E vivem querendo pautar o Comitê de Combate ao vírus. Já existem até professores da mesma UFS apresentando estatísticas diferentes, contrárias ao que vem sendo divulgado.

Como se bastasse toda chuva de pressão para que o Governador endureça as medidas, vêm agora, as entidades médicas de Sergipe e usam a cidade de Araraquara como modelo para sugerir restrições severas, como lockdonw. 

Ora, na busca por soluções, em momentos tão difíceis como estamos vivendo, a pressa às vezes nos leva a incorrer em erros, tentando acertar. Entendo a preocupação dos médicos, mas a referência está completamente equivocada. Eles estão certos na preocupação e errados na sugestão.

Que grande exemplo de sucesso é Araraquara? 45 dias de restrições duras e lockdonw e a cidade ainda não conseguiu resolver problema de lotação de UTIs e tem números proporcionalmente piores que os de Sergipe. Um município com 250.000 habitantes com 6 óbitos. Sergipe com mais de 2 milhões e 200 mil e ontem teve 18 óbitos. Que referência é essa? Na verdade, Sergipe está dando aula para Araraquara. Pra se perceber que lockdonw não resolve pandemia, basta olhar para Salvador e Porto Alegre. Simplesmente não funciona.

Muitas vezes os conselhos e recomendações vêm cheios de boa intenção, mas estas possíveis “soluções” podem não se confirmar na prática. Todo cuidado é pouco.

Toda questão é que parece que estamos procurando culpados quando não há culpados. Procurando soluções onde não há soluções. Infelizmente a pandemia vai deixar seu rastro, seu estrago, vai sobrecarregar a saúde. Não tem como ser diferente no momento por conta da velocidade de transmissão. Contudo já está mais que provado que isto não se resolve fechando as atividades econômicas. Não surte efeito. Não tem embasamento científico. Os negócios que obedecem os protocolos deveriam ser preservados. E os que estão desrespeitando os protocolos que sejam duramente punidos. A curva se achata com a cuidados à saúde, que é exatamente o que não está acontecendo. São Paulo tem uma das quarentenas mais duras e mantem os piores índices do país. As festas clandestinas lá não param. E haja baile funk. E os negócios continuam falindo por lá.

Torço para que o Governador, junto com o Comitê, não se sintam pressionados a tomarem uma decisão tão séria por impulso, por pressão. Vidas, sim. Saúde, também. Lockdonw, não.

Lúcio Flávio M. Rocha
Coordenador Brasil200