Empresariado do comércio e serviços dificulta negociação das convenções coletivas, afirma presidente da Fecomse

Ronildo Almeida, presidente da Fecomse - Foto: Assessoria Fecomse
“Não estamos pedindo esmola, mas respeito nas relações trabalhistas. A nossa data-base é 1 de janeiro, a pauta de reivindicações foi entregue ao patronato desde novembro do ano passado e até o momento não houve avanço. O empresariado desvaloriza a força produtiva do trabalhador na consolidação das empresas, na geração de riqueza e no crescimento da economia. Uma vergonha”, avalia Almeida.
Para o sindicalista, o setor patronal do Estado de Sergipe não se sensibiliza diante da difícil situação na qual se encontra a classe trabalhadora e se mantém intransigente nas negociações. “Nossas data-base têm sido marcadas por processos difíceis. O patronato dificulta o reajuste salarial, um direito sagrado da classe trabalhadora, e as discussões sobre as condições de trabalho. Abrem as empresas de domingo a domingo para aumentar a lucratividade, impondo uma jornada de trabalho desumana às mães e aos pais de famílias.”
Outro ponto levantado pelo presidente da Fecomse é a abertura do comércio aos feriados. “A cada dia a ambição do setor patronal inviabiliza avanços nos direitos da classe trabalhadora. A categoria não se recusa a dialogar e a negociar com o patronato sobre essa e outras questões, desde que resultem em propostas decentes e respeitáveis e em contrapartidas para os trabalhadores”, avalia Almeida.
“Precisamos avançar nas negociações salariais e reafirmar os direitos da classe trabalhadora conquistados em anos de luta. Não podemos aceitar que os trabalhadores, que geram lucro e riqueza para o patrão, vivam na pobreza e tenham tantas dificuldades para negociar salários que são tão baixos. É urgente que o patronato zere suas dívidas com a categoria”, reforça Ronildo Almeida.