Secretário da Saúde de Aracaju recebe representantes do Sindimed para esclarecer denúncias contra pediatras
O secretário Municipal da Saúde, André Sotero, recebeu em seu gabinete, na manhã desta sexta-feira, 27, os representantes do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) para tratar sobre as denúncias recebidas pela SMS envolvendo profissionais da pediatria do Hospital Municipal Fernando Franco (Zona Sul). Segundo a denúncia, embora estes médicos não tenham aderido à greve, eles estariam indo à unidade hospitalar, batendo o ponto biométrico e cruzando os braços, sem prestar atendimento.
A diretora de Atenção à Saúde, Guadalupe Ferreira, o coordenador do Núcleo Jurídico da Secretaria, João Vitor Burgos Mota, a coordenadora da Rede de Urgência e Emergência, Roberta Lisboa e os coordenadores do Fernando Franco, Teófilo Fernandes, e do Nestor Piva, Sheila Cristiane de Souza, também participaram da conversa que serviu para se chegar a um entendimento não somente com relação à apuração das denúncias, mas também sobre a questão do registro do ponto dos médicos nesse período de greve e a prioridade de atendimento aos pacientes de acordo com a classificação de risco.
Para André Sotero, a conversa com o Sindicato foi extremamente positiva e demonstra o interesse da nova administração do Município de manter sempre um diálogo com as partes envolvidas.
“Vamos apurar a verdade dos fatos. Hoje ouvimos o sindicato, que negou a procedência das denúncias, enfatizando que o que estava acontecendo no Fernando Franco era que a triagem do atendimento estava sendo feita por funcionários da recepção e entendemos que estes trabalhadores não têm competência técnica para isso. Nossa primeira medida será justamente evitar que pacientes retornem para casa sem atendimento. Para isso, ficou acertado com o Sindicato que, diante do efetivo de 50% que será mantido durante a greve, os usuários serão atendidos obedecendo a uma classificação de risco. Os casos mais graves terão prioridade e caberá ao paciente em estado de saúde menos crítico decidir, ou não, esperar pelo atendimento”, disse o secretário.
André Sotero informou ainda que irá ouvir também os trabalhadores da recepção. “Os médicos apresentaram sua versão dos fatos, mas nós também queremos ouvir os funcionários que ficam na recepção, para saber por que eles informavam aos pacientes que não havia atendimento na unidade. Eles decidiam isso por conta própria ou foram orientados? E se foram, por quem? É isso que queremos saber. E vamos corrigir esse problema”, explicou o secretário.
Quanto ao registro de ponto dos profissionais que aderiram ao movimento grevista, ainda há um impasse entre gestão e Sindicato dos Médicos. “A pediatria do Hospital Zona Sul funciona atualmente com três plantonistas, sendo que dois deles não estão em greve e um deles aderiu ao movimento. O Sindimed entende que esse médico em greve tem o direito de bater o ponto e permanecer no local apenas para atender os pacientes considerados mais críticos e os pacientes da rotina seriam atendidos pelos outros dois profissionais do plantão. Já a gestão entende que se o médico bate o ponto ele tem que participar do rodízio de atendimento. Mas já estamos consultando nosso jurídico e tenho certeza que, baseados na lei, chegaremos a um consenso”, finalizou André Sotero.