Prefeitura de Aracaju intensifica fiscalização sanitária em bares flutuantes
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), realizou nesta sexta-feira, 12, uma operação conjunta de fiscalização nos bares flutuantes da Croa do Goré e da Ilha dos Namorados, dois dos principais destinos turísticos da capital. O objetivo foi garantir que moradores e visitantes consumam alimentos e bebidas com segurança durante o período de alta temporada, além de assegurar o cumprimento das normas ambientais.
Segundo Laila Resende, gerente de Alimentos da Rede de Vigilância Sanitária (REVISA), a equipe verificou as condições sanitárias das cozinhas e demais áreas de manipulação de alimentos das embarcações. Ela reforçou que os estabelecimentos devem seguir as determinações da RDC 216/2004, da Anvisa, que estabelece as Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
“A vigilância foi verificar a situação sanitária dos bares flutuantes, já que há uma manipulação de alimentos no lugar. Fizemos uma inspeção da cozinha dessas embarcações e, se houver qualquer outro tipo de comércio de alimentos, também vamos fiscalizar. Com o verão, o fluxo de visitantes aumenta e precisamos garantir que os frequentadores possam consumir alimentos e bebidas com segurança”, destacou.
A fiscal da REVISA, Denise Oliveira, ressaltou que a ação visa proteger o consumidor e prevenir riscos sanitários. “Viemos atuar na garantia da manipulação e do comércio de bebidas e alimentos dos bares flutuantes. Com a chegada do verão e o aumento do fluxo de turistas, intensifica-se o consumo, e nosso papel é assegurar que tudo esteja dentro das normas, prevenindo infecções e intoxicações”, explicou.
No âmbito ambiental, as equipes da Sema avaliaram a estrutura das embarcações, especialmente os sistemas de esgotamento sanitário e possíveis impactos ao rio. De acordo com Rubens Júnior, coordenador de fiscalização de poluição hídrica e atmosférica, o trabalho é essencial para proteger o ecossistema.
“Nós avaliamos toda a estrutura física dos barcos, as tubulações de esgotamento para verificar se estão estanques e se nada está sendo lançado no rio. Também avaliamos a licença ambiental, necessária por conta do potencial de impacto dessas estruturas. O básico é entrar e sair do ambiente mantendo sua integridade, sem deixar resíduos sólidos, líquidos ou qualquer forma de contaminação”, afirmou.
Irregularidades
A ação contou com o apoio da equipe de inspeção da Marinha do Brasil e foi acompanhada pelo sub-oficial inspetor chefe, Ailjan Almeida. Durante a ação, foram identificadas irregularidades como alimentos sem etiquetas de validade, uso de sacolas plásticas impróprias para conservação, panelas deterioradas, utensílios proibidos, risco de contaminação por gás, além de falhas nas instalações sanitárias, como ausência de sabonete líquido, papel toalha, assento sanitário e água para descarga.
A REVISA concedeu um prazo de 30 dias para correção e adequação às normas sanitárias no estabelecimento. Após este período, a vigilância retornará para nova vistoria e, caso não esteja em conformidade com o que foi advertido, o estabelecimento poderá ser penalizado conforme as sanções previstas na Lei Federal 6437/77 que vão desde notificação à interdição e multa.