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Aracaju (SE), 20 de agosto de 2025
POR: Assessoria de Comunicação do Hospital de Cirurgia
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital de Cirurgia
Em: 20/08/2025 às 10:28
Pub.: 20 de agosto de 2025

Hospital de Cirurgia salva paciente com primeiro implante de Impella via SUS em Sergipe

Equipe responsável pelo procedimento Impella - Foto: Assessoria de Comunicação do Hospital de Cirurgia

O Hospital de Cirurgia (HC), unidade integrante da Rede Estadual de Saúde e referência em procedimentos de alta complexidade, voltou a marcar a história da Cardiologia em Sergipe. No dia 26 de julho, a instituição realizou, pela primeira vez em um paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado, o implante do dispositivo de suporte circulatório mecânico Impella minimamente invasivo – tecnologia que atua diretamente no ventrículo esquerdo para manter a circulação sanguínea e dar tempo ao coração de se recuperar. O procedimento foi decisivo para salvar a vida de Wiliene de Farias, 36 anos, que hoje se recupera bem em casa ao lado da família.

“O Hospital de Cirurgia, mais uma vez, inovou na Cardiologia de Sergipe, tivemos um implante do dispositivo de suporte circulatório mecânico, chamado Impella. Esse foi o segundo Impella usado no estado para tratamento do choque cardiogênico e pela primeira vez usado em um paciente SUS. A missão do Cirurgia é essa: tratar o paciente da forma como ele merece, porque aqui toda a vida vale, importa muito”, destaca o chefe do Serviço de Cardiologia do HC, Dr. Luiz Flávio Prado.

Corrida contra o tempo

O chefe da Cardiologia relata que o equipamento, que não estava disponível no estado, precisou ser adquirido e transportado com urgência da Bahia para Sergipe. “Recebemos autorização da Direção para comprar o dispositivo, mas foi preciso trazê-lo de Salvador. Em menos de uma hora, o aparelho já estava a caminho. Ele chegou por volta das 23h, e à meia-noite estávamos no Serviço de Hemodinâmica para implantar. Às 3h da manhã, a paciente já estava na UTI usando o dispositivo. O coração ficou totalmente dependente dele nas primeiras 12 horas, e se não o tivéssemos, ela teria sucumbido”, relembra.

Williene deu entrada no HC para uma cirurgia cardíaca considerada simples, mas evoluiu para uma grave complicação no coração logo após o procedimento. “A paciente veio para fazer a sua primeira cirurgia cardíaca. No primeiro dia depois da operação, o coração começou a dar sinais de falência. Lançamos mão de medicamentos, depois do balão intra-aórtico, que ajudou pouco, e, diante da gravidade, reunimos o nosso Time de Choque Cardiogênico do Hospital de Cirurgia. Esse grupo é formado por cardiologistas, intensivistas, ecocardiografistas, hemodinamicistas, cirurgiões e outros especialistas preparados para lidar com casos de alta mortalidade. O Impella foi colocado como ponte para recuperação do coração e, felizmente, em menos de 48 horas, ela se recuperou plenamente e voltou para casa”, relata Dr. Luiz Flávio.

Tecnologia que salva

A colocação do Impella foi feita no Serviço de Hemodinâmica do HC. De acordo com o cardiologista intervencionista Dr. Wersley Araújo, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Sergipe, trata-se de um equipamento inovador no tratamento do choque cardiogênico. Ele explica como o procedimento é realizado. “Ele é colocado dentro do ventrículo esquerdo e aumenta o débito cardíaco, melhorando a perfusão sistêmica. Isso evita disfunções orgânicas e ajuda o paciente a sair do choque. No caso de Williene, ela ficou totalmente dependente do dispositivo nas primeiras 24 horas e, após 60 horas, conseguimos retirá-lo com sucesso. Foi um trabalho de mobilização de todos os setores do hospital, da Diretoria, Cardiologia, Hemodinâmica, Enfermagem, Terapia Intensiva, mostrando que o Cirurgia está preparado para tratar pacientes graves no SUS”, ressalta.

Uma nova chance de vida

Para Williene de Farias, que nasceu em Alagoas, mora em Aracaju e é mãe de três filhos, o procedimento significou uma nova chance de vida. “Na infância, sempre fui limitada fisicamente, mas nunca investiguei a causa. Há alguns anos, comecei a sentir dores mais fortes e descobri que tinha problemas graves no coração. Fui fazer a cirurgia e, depois dela, aconteceu um rebuliço no meu coração. Quando eu acordei, a equipe me chamava de fênix, mas eu não tinha noção da gravidade. Sempre me senti acolhida, nunca fiquei sozinha e todas as informações foram passadas com clareza. Quando soube que esse dispositivo caro e inédito no SUS tinha sido usado em mim, pensei: ‘Uau! Meu Deus!’. Hoje, meu coração bate maravilhosamente bem e eu só sinto gratidão. Eu nasci novamente”, relata.

O sucesso do procedimento foi fruto do trabalho conjunto de uma grande equipe, composta por cirurgiões cardíacos, hemodinamicistas, anestesistas, cardiologistas, intensivistas e residentes, que se revezaram 24 horas por dia durante os três dias de uso do Impella na paciente. O Impella é uma intervenção médica extremamente complexo, que dependeu de uma equipe muito ampla.

Orgulho para Sergipe

A interventora judicial do Hospital de Cirurgia, a enfermeira Márcia Guimarães, ressaltou o significado desse marco para a instituição e para o SUS em Sergipe. “O Cirurgia mais uma vez se mostra pioneiro e preparado para oferecer o que há de mais moderno em benefício dos pacientes. Esse resultado é fruto da competência e dedicação de toda a equipe liderada pelo Dr. Luiz Flávio, e também do apoio contínuo do Governo do Estado, por meio do governador Fábio Mitidieri e do secretário estadual de Saúde, Cláudio Mitidieri. É motivo de orgulho saber que um hospital que atende paciente do Sistema Único pode realizar um feito tão grandioso e salvar vidas com excelência”, finaliza.


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