Dor no joelho atinge maioria da população adulta no Brasil e se torna desafio crescente de saúde pública
Especialistas alertam para importância do diagnóstico precoce e cuidados preventivos. Ortopedista especialista em cirurgia do joelho e dor articular, Dr. Washington Batista, comenta os dados alarmantes

A dor no joelho tem se tornado uma das queixas mais frequentes entre os brasileiros e já representa uma preocupação crescente para médicos e profissionais de saúde em todo o país. Pesquisas recentes mostram que 69% dos brasileiros com mais de 18 anos já sofreram dor no joelho em algum momento da vida. Entre os adultos, 65,3% dos homens e impressionantes 70,6% das mulheres relataram dor na articulação, sendo que 12,2% dos homens e 18,6% das mulheres classificaram essa dor como intensa.
Os dados são reforçados por outro levantamento nacional, que aponta que cerca de 37% das pessoas com mais de 50 anos convivem com dores crônicas, e uma parte significativa dessas queixas está relacionada ao joelho — especialmente em pessoas com sobrepeso ou osteoartrite.
Diante desse cenário, o ortopedista especialista em cirurgia do joelho e dor articular, Dr. Washington Batista, especialista em cirurgia do joelho, alerta para a necessidade de ações preventivas e atendimento médico especializado.
“Muitos pacientes demoram a procurar ajuda ou optam por se automedicar, o que pode agravar o quadro. A dor no joelho não deve ser ignorada, pois pode indicar problemas como lesões meniscais, tendinites, desgaste articular ou mesmo artrose em estágios iniciais”, explica o médico.
Sedentarismo e sobrepeso como agravantes
O estilo de vida moderno, marcado pelo sedentarismo e pelo aumento da obesidade, contribui diretamente para o crescimento dessas estatísticas. Segundo o Dr. Washington, o excesso de peso sobrecarrega a articulação, favorecendo o desgaste da cartilagem e gerando inflamações frequentes.
“O joelho é uma articulação que suporta boa parte do peso corporal. Com o aumento da obesidade no Brasil, é natural que haja um crescimento também nas queixas de dor nessa região. O ideal é que haja um acompanhamento médico e um plano de fortalecimento muscular aliado à reeducação postural”, recomenda.
Caminhos para prevenção e tratamento
O tratamento da dor no joelho pode variar conforme a causa e a intensidade do problema. Vai desde medidas conservadoras, como fisioterapia e atividade física orientada, até procedimentos mais avançados, como infiltrações, bloqueios analgésicos e, em casos extremos, cirurgia.
Dr. Washington reforça a importância da atuação multidisciplinar no cuidado com o paciente:
“O ortopedista trabalha em conjunto com fisioterapeutas, nutricionistas e educadores físicos. O sucesso no tratamento depende da adesão do paciente e da personalização da abordagem. Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, maiores as chances de evitar intervenções mais complexas.”
Um problema invisível, mas incapacitante
Embora não seja uma doença fatal, a dor no joelho impacta diretamente a qualidade de vida. Ela limita atividades cotidianas simples como caminhar, subir escadas ou trabalhar em pé por longos períodos. Segundo especialistas, o sofrimento físico associado ao comprometimento emocional e social torna a lombalgia e a dor no joelho importantes causas de afastamento do trabalho e redução da produtividade.
“Não espere a dor se tornar insuportável. Ao primeiro sinal de desconforto persistente, procure um especialista. Cuidar do joelho é cuidar da sua mobilidade e independência no futuro”, finaliza Dr. Washington.