Laércio Oliveira destaca o potencial energético de Sergipe na Conferência Ibero-Brasileira de Energia em Lisboa
Senador Laércio Oliveira (PP-SE) levou o nome de Sergipe ao centro do debate internacional durante a Conferência Ibero-Brasileira de Energia 2025 (Coniben), realizada em Lisboa, que reuniu investidores e autoridades do Brasil, Portugal e Espanha. Com bom humor e firmeza, o parlamentar afirmou estar ali para “vender Sergipe”, apresentando o estado como uma das novas fronteiras energéticas do país. “A indústria vai aonde o gás está. E nós precisamos salvar a indústria brasileira, que está sofrendo demais”, afirmou. “Sergipe tem um papel estratégico nisso, porque vai contribuir de forma decisiva com gás e petróleo para o desenvolvimento do país.”
Em sua fala, Laércio destacou o projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) como um dos pilares do futuro energético brasileiro. Segundo ele, a descoberta representa uma revolução econômica para o estado, com produção estimada em 250 mil barris de petróleo por dia e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural.
“Sergipe tem 22 mil quilômetros quadrados e é riquíssimo em petróleo. Muita gente diz que a Petrobras começou na Bahia, mas não é verdade. A Petrobras começou em Sergipe — as primeiras descobertas foram lá”, declarou.
O COMBUSTÍVEL DA TRANSIÇÃO
Ao longo de sua exposição, Laércio enfatizou a importância do gás natural como combustível da transição energética, destacando que o tema o acompanha desde sua atuação como relator da Lei do Gás, que modernizou o marco regulatório do setor e abriu o mercado brasileiro à concorrência internacional.
“Enfrentar um projeto que tramitava há mais de dez anos e transformá-lo em lei foi um desafio enorme. Mas conseguimos entregar ao Brasil um marco que abriu o país para o mundo inteiro”, relembrou. Ele também defendeu que a redução do preço do gás é essencial para reindustrializar o país. “O consumidor paga caro porque a indústria paga caro. Reduzir o preço do gás é uma necessidade nacional — é o que vai baratear o leite, o macarrão, o açúcar. O gás caro corrói a competitividade da nossa indústria.”
SEGURANÇA ENERGÉTICA
Laércio ressaltou o potencial de Sergipe em outras frentes estratégicas, como a produção de potássio, essencial para a fabricação de fertilizantes, e a presença de calcário e terras raras. Ele lembrou que o Brasil ainda importa mais de 80% dos fertilizantes que consome e defendeu a produção nacional como questão de segurança alimentar e soberania.
Além disso, destacou a atuação da Eneva, que opera no estado com a maior termoelétrica da América Latina e projeta ampliação para 2026, e mencionou os avanços de Sergipe na instalação de data centers e no hub de gás.