Golpes virtuais crescem durante a Black Friday
Especialista alerta consumidores sobre formas de evitar os ataques
A Black Friday virou sinônimo de preços baixos, mas também de risco elevado de golpes virtuais. À medida que consumidores buscam ofertas “imperdíveis”, criminosos digitais aproveitam a pressa e a falta de verificação da origem das promoções.
De acordo com o coordenador acadêmico da UNINASSAU Aracaju e analista de TI, Cícero Gonçalves, o golpe não começa no pagamento, mas na pressa. O criminoso se aproveita do desespero do consumidor em aproveitar uma promoção para convencê-lo a clicar em um link sem analisar os detalhes.
“Em relatório recente, a Bitdefender constatou que, em 2025, 53% dos e-mails promocionais com temática da Black Friday eram fraudulentos. Muitos possuíam links falsos direcionando o usuário para páginas de pagamento clonadas”, explica Cícero.
E os ataques estão se tornando mais sofisticados e diversificados. “Um SMS falso convence mais rápido que um site, justamente porque o usuário confia no celular como algo pessoal. Se o preço parece irresistível, esse é o primeiro sinal de alerta. Golpistas não vendem barato, eles vendem mentiras bem embaladas”.
Além do prejuízo financeiro, Cícero destaca outro perigo. “Em muitos casos, o criminoso ganha acesso a dados que podem ser usados por anos, inclusive para abrir contas e fazer empréstimos”.
Diante desse cenário, especialistas e órgãos públicos recomendam cautela. Entre as orientações, destacam-se verificar o domínio do site, evitar clicar em links recebidos por mensagens e utilizar autenticação em duas etapas. Embora a Black Friday ofereça boas oportunidades, a principal economia pode estar em evitar prejuízos.
“A regra é simples: não clique, pesquise. Digite o endereço da loja no navegador você mesmo. A verificação manual ainda é a tecnologia mais segura”, finaliza Cícero.