Participação privada nos investimentos em infraestrutura é primordial para retomada do crescimento
A participação da iniciativa privada no investimento e no aprimoramento da infraestrutura brasileira é primordial para a retomada do crescimento no país. Esse pensamento foi exposto pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante a abertura do Seminário Infraestrutura e Desenvolvimento Industrial do Brasil, organizado pela entidade e pelo jornal Valor Econômico.
O evento aconteceu na sede da CNI, em Brasília, e contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dentre outras autoridades, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe, Eduardo Prado de Oliveira.
Os dados referentes a infraestrutura nacional são decepcionantes: apenas 2,2% do PIB são investidos nessa área o que ocasiona má conservação das estradas, portos ineficientes, falhas no fornecimento de energia e problemas de logística que prejudicam, e muito, a competitividade do país no mercado internacional. Para exemplificar, o Brasil tem seis vezes menos estradas pavimentadas por milhão de habitantes se comparado à Rússia e o tempo de espera para atracar nos portos públicos nacionais é superior a média internacional.
Lançado em setembro pelo governo federal, o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI) pode ser uma saída para o atraso em que o país se encontra em sua infraestrutura. Conceder concessões e possibilitar um maior aporte do setor privado nessa área pode ser a luz no final do túnel que as indústrias necessitam para diminuir os custos de logística e conquistarem novos mercados com um segmento mais competitivo.
Para o presidente da FIES, é necessário a implantação desse PPI para melhorar as condições de distribuição principalmente dos commodities produzidos aqui no estado. “O governo está em uma profunda crise financeira e a oportunidade de abrir ao capital privado nossa combalida infraestrutura será muito importante para a melhora no desenvolvimento econômico e social do país”, finalizou Eduardo Prado.