Movimento de mulheres reage aos ataques contra a prefeita Emília Corrêa e denuncia tratamento desigual no cenário político
A recente onda de ataques dirigidos à prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, provocou uma imediata reação de mulheres e movimentos femininos, que denunciaram publicamente a disparidade no tratamento dado a lideranças políticas femininas em comparação aos homens.
O episódio mais recente, que gerou ampla discussão, foi a denúncia protocolada no Ministério Público de Sergipe, acusando a prefeita de ter recebido presentes de microempreendedores locais e de ter expressado publicamente sua gratidão nas redes sociais. Trata-se de uma prática naturalizada quando realizada por políticos homens, mas que, segundo apoiadoras de Emília, torna-se alvo de críticas e tentativas de criminalização quando protagonizada por mulheres.
O Movimento Feminino Unidas, que atua na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da equidade de gênero, foi um dos coletivos que se somaram ao coro de apoio à prefeita. Bruna Gamma, líder do movimento, reforçou a posição do grupo: “Diante dos ataques que ela vem sofrendo, especialmente por se posicionar de maneira transparente e grata em relação a gestos de carinho que recebeu, nos sentimos no dever de nos posicionar. A gratidão e o reconhecimento público são atitudes que revelam caráter, e não motivo para condenação”.
Em nota pública, o grupo também destacou: “Nosso apoio à prefeita Emília não é apenas institucional, é também humano. Reconhecemos nela uma mulher que respeita outras mulheres e abre espaço para movimentos como o nosso existirem e crescerem”, afirmou Bruna Gamma.
A denúncia causou revolta também entre apoiadoras nas redes sociais, que ressaltaram que o recebimento de lembranças ou produtos típicos de empreendedores locais é uma prática cultural e política que ocorre há décadas no país. Para alguns, a prefeita apenas exerceu a gentileza de expressar publicamente sua gratidão àqueles que contribuem para divulgar a cultura e os negócios da cidade.