Huse: serviço de psicologia atende pacientes e acompanhantes
O Serviço de Psicologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) se destaca por contar com 25 profissionais atuantes e especializados para o tratamento de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Eles atuam em todo o hospital e são capazes de minimizar o sofrimento e a dor que a hospitalização e a doença causam ao paciente e ao seu familiar.

Huse: serviço de psicologia atende pacientes e acompanhantes (Foto: SES/SE)
Todos sabem que a família faz parte do processo de reabilitação e, por isso, deve estar sempre envolvida nos diferentes programas oferecidos aos pacientes, independente do diagnóstico atendido. No Huse, por exemplo, o “Grupo Rodas da Vida”, funciona na Oncologia e no Internamento, o “Projeto Salva Vidas: Tentativa de Suicídio”, tem como objetivos quantificar dados, sensibilizar os profissionais e qualificar a atenção ao paciente com tentativa de suicídio.
A psicóloga do Huse, Simone Torres, explica como esses grupos atuam com o paciente e seus familiares. “Nós temos o Grupo “Rodas da Vida”, um grupo de apoio aos acompanhantes. A gente sabe as necessidades dele em estar com uma pessoa internada e esse é um grupo de apoio deles, onde trocam experiências, falam dos sentimentos, falam sobre a experiência de estar em um hospital acompanhando um paciente doente, grupo de apoio mesmo. Quando chegam as intercorrências, somos chamados para atender e todos os setores estão cobertos. Isso serve para pacientes e acompanhantes”, explicou.
O Huse recebe algumas vítimas com registros de tentativas de suicídio, cerca de 8 atendimentos por mês. Esse número é maior, já que muitas não identificam o quadro clínico e acaba sendo descoberto durante a investigação com realização de exames. A psicóloga do Huse, Ana Paula dos Santos, revela como é feito o trabalho com um paciente que tentou suicídio. “A gente tem o objetivo de montar uma linha de cuidado para esse paciente que seja específica para atender e acolher as demandas emocionais e que possam ter levado o paciente a ver o suicídio como saídaA gente é chamado ou faz busca ativa e acaba identificando que houve, faz o acolhimento, preenche ficha do paciente com alguns questionamentos, faz o acompanhamento psicológico enquanto estiver no hospital, se ele precisar de um psiquiatra a gente conversa com o médico para que seja avaliado e encaminha para a rede extra hospitalar para que o tratamento também seja contínuo lá fora”, enfatizou.
Muitas vezes, o que mais chama a atenção para esses casos, é a falta de suporte familiar encontrado nos pacientes. Na maioria das vezes, quando as vítimas chegam ao hospital e relatam suas histórias o conflito familiar está entre os casos. A psicóloga do Huse, Regina Macedo, ressalta como é a atuação da psicologia com paciente e acompanhante. “Para o acompanhante é lidar com a estabilidade do paciente no momento, paciente que tá fragilizado, vulnerável com dor, sofreu amputação ou perda de um familiar e muitas queixas com relação a equipes de enfermagem ou médica pelo tipo de assistência. Do paciente é a questão da assistência e a questão da dor, hospitalização e por passar muito tempo internado”, disse.
A aposentada Maria Dolores, 66, não desgruda do leito do pai, que está internado no Huse depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O internamento já dura quase um mês e muitas vezes a solidão e a tristeza são parceiros da dona de casa aposentada. “Graças a Deus temos anjos aqui no hospital. Sou muito bem tratada pela equipe que conversa muito com a gente. Eles que aliviam um pouco a nossa dor. Os psicólogos fazem um trabalho muito bom. As vezes estou tristes e eles chegam pra conversar e os problemas vão embora”, concluiu.