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Aracaju (SE), 17 de dezembro de 2025
POR: Erenita Sousa
Fonte: Erenita Sousa
Em: 17/12/2025
Pub.: 17 de dezembro de 2025

Quando a alma reage, não é dor — é reconhecimento :: Por Erenita Sousa

O direito de existir sem precisar se corrigir o tempo inteiro

Erenita Sousa

Erenita Sousa - Foto: Erenita Sousa

Há pessoas que passam a vida inteira tentando se ajustar.
Ajustam o tom de voz, o comportamento, o jeito de sentir, de pensar e até de existir. Vivem como se houvesse algo nelas que precisasse ser constantemente corrigido para merecer aceitação.

Mas chega um momento — silencioso e profundo — em que a alma reage.

Essa reação, muitas vezes, é confundida com dor, crise ou fragilidade emocional. No entanto, não é dor.

É reconhecimento.

Reconhecimento de que algo dentro de você cansou de se diminuir para caber. Reconhecimento de que a tentativa contínua de agradar, corresponder ou ser “menos” para não incomodar já não sustenta mais a vida que pulsa por dentro.

Na psicanálise e no olhar sistêmico, compreendemos que esse movimento não nasce do acaso. Ele surge quando a alma começa a se lembrar de quem é — antes das exigências, das expectativas e das adaptações excessivas aprendidas ao longo da história familiar, social e profissional.

Muitos aprenderam, ainda na infância, que amar significava se ajustar. Que pertencer exigia abrir mão da própria verdade. Que errar era perigoso demais. Assim, cresceram atentos demais ao olhar do outro e cada vez mais distantes de si.

Quando a alma reage, o corpo sente.
A emoção transborda.
O desconforto aparece.

Não porque você está fraco, mas porque está acordando.

Essa reação é o sinal de que algo essencial pede espaço: o direito de existir sem precisar se corrigir o tempo inteiro. Não se trata de rebeldia, dureza ou rompimento com o mundo. Trata-se de maturidade emocional. De um movimento interno que afirma: “eu posso ser quem sou e ainda assim pertencer”.

Quando esse reconhecimento acontece, muitas pessoas sentem medo. Medo de decepcionar, de perder vínculos, de não saber quem são sem os antigos papéis. Mas é justamente nesse ponto que a consciência começa a curar. Viver em constante correção interna é um desgaste silencioso da alma, e nenhuma vida floresce sob vigilância permanente de si mesma.

A verdadeira transformação não nasce da autocrítica excessiva, mas da escuta. Escuta do que sente, do que dói, do que pede verdade. Quando você se reconhece, a vida se reorganiza. As escolhas ficam mais claras, os vínculos mais honestos e o caminho, mais leve.

E esse processo não precisa ser solitário.

Convite — Jornada da Alma

Para quem deseja iniciar 2026 com um movimento profundo de cura e reencontro com a verdade interna, as inscrições para a Jornada da Alma já estão abertas.
Uma imersão terapêutica para reorganizar o que dói, fortalecer o que sustenta e abrir espaço para uma nova forma de se relacionar consigo e com o outro.

Link de inscrição:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf12oycJ8BIoqZfiH0UjM1eiL2la3a1ELOzvmhX9j18VgiJlQ/viewform

Com escuta, propósito e verdade,
Erenita Sousa
@erenita_sousa

Sobre a autora

Erenita Sousa é contadora, jornalista, psicanalista, mentora e consteladora sistêmica familiar e empresarial. Atua no campo terapêutico e empresarial com foco em desenvolvimento humano, posicionamento interno e relações saudáveis na vida e no trabalho.

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