Infectologista chama atenção para cuidados com doenças transmitidas através do beijo

Infectologista chama atenção para cuidados com doenças transmitidas através do beijo (Foto: SES/SE)
Conhecida popularmente como doença do beijo, a Mononucleose infecciosa, é causada pelo vírus Epstein-Barr. De acordo com o médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio, geralmente as pessoas se contaminam a partir da fase da adolescência. “Pessoas que frequentam festas e beijam várias pessoas podem ter um risco maior. Ao contrair a doença podem apresentar sintomas como febre prolongada, aumento dos gânglios do pescoço, aumento do baço, e em alguns casos pode aparecer manchas avermelhadas na pele. Vale ressaltar que a mononucleose é uma doença que não precisa de tratamento, pois passa por si só”, explicou.
Além dela, a Herpes Labial também é transmitida pelo beijo. Geralmente é caracterizada por conter um área no lábio que forma bolhas. Embora a doença, na maioria dos casos, não causa nenhuma complicação grave, tem o risco de reincidência, ou seja, é como se ele ficasse guardadinho podendo retornar. Assim como a herpes, a sífilis, Infecção Sexualmente Transmissível (IST), podem ser transmitidas também através do beijo, diz o infectologista Marco Aurélio. “No beijo, geralmente ocorre quando IST está na fase aguda formando feridinhas. A transmissão através do beijo ocorre em razão do contato com as feridas que é totalmente infectante”, conta.
Embora existam várias doenças e infecções que podem ser adquirida ao beijar, não se deve esquecer dos inúmeros benefícios. O ato ativa todos os sentidos do corpo humano e movimenta 29 músculos, sendo 17 da língua e 12 dos lábios. Além de também acelera os batimentos cardíacos, favorece o aparelho circulatório e ajuda na oxigenação do sangue.
Entendendo que o beijo em algumas situações pode transmitir algumas doenças, a dica é ficar atento. “Se houve o contato, e logo depois aparecer alguma lesão na boca é importante procurar um profissional de saúde para ser avaliado”, alerta o infectologista da SES, Marco Aurélio.