Memes conquistam os brasileiros
Segundo o psicólogo e professor da Unit Cleberson Costa, o mundo tem usado os memes para ressignificar situações de uma forma mais leve, e o brasileiro tem se destacado nessa utilização.
Que o brasileiro tenta tirar proveito de forma mais leve de qualquer situação, isso já não é mais novidade para ninguém. Agora, junte a internet com esse jeitinho brasileiro e o resultado são memes criativos, até das situações mais desesperadoras. Com uma pitadinha de bom humor, os memes vem ganhando seu espaço e muitos compartilhamentos.

Psicólogo e professor da Universidade Tiradentes, doutor Cleberson Costa (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
Segundo o especialista, com as redes sociais e aplicativos de mensagens, os conteúdos acabaram ganhando espaço, seja fazendo uma piada ou como forma de protesto, auxiliando até a suavizar os impactos no estado emocional do indivíduo. “Diante de situações incômodas, o que nos gera uma sensação negativa não é necessariamente a situação em si, mas a interpretação que damos a ela. Existe uma interferência sociocultural em torno da nossa interpretação, e os memes têm ajudado a ressignificar assuntos tabus, apresentando outras formas de entendimento e, consequentemente, outras emoções. É por isso que conseguimos rir de algo que nos traria medo, por exemplo”, salienta.
“O brasileiro é expressivo. Nossa origem latina nos aproxima dessa essência emocional, o que nos permite que, tanto geneticamente quanto culturalmente, a gente se sinta mais à vontade para expressar o que sentimos. E, ao expressarmos mais, desenvolvemos maior habilidade para manuseio desses importantes elementos psíquicos”, acrescenta o psicólogo.
Mas, é preciso tomar cuidado com a utilização excessiva dos memes. “Todo excesso pode se tornar prejudicial. Os memes podem ser um importante recurso, mas devem ser utilizados de forma equilibrada”, destaca o docente.
“Os memes acabam sendo uma estratégia de enfrentamento para melhor se adaptar ao ocorrido. Se tudo levarmos de forma descontraída, sem observar os outros pontos de vista, estaremos mais próximos de uma fuga. Mas, ainda assim é interessante avaliar caso a caso, pessoa a pessoa, para entender o impacto dessa situação em seu estado psicológico”, finaliza.