Cidades Inteligentes: tecnologia a serviço do cidadão

Clarisse de Almeida, Arquiteta e Urbanista e professora do curso de Arquitetura da Universidade Tiradentes (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
De acordo com Clarisse de Almeida, Arquiteta e Urbanista e professora do curso de Arquitetura da Universidade Tiradentes, cidades inteligentes demandam inclusão digital e estratégia.
“No Brasil, temos algumas cidades se habilitando, porém longe de uma pontuação de excelência, como Campinas, Florianópolis,São Paulo. A cybercidade, como também são chamadas as inteligentes, podem ser extremamente excludentes porque a população menos favorecida não tem acesso à educação digital e nem aos dispositivos necessários para a necessária interação”, explica.
A capital sergipana também se encaixa nessa explicação, mesmo com os investimentos da atual gestão na modernização de serviços.
“Por isso, não podemos dizer que Aracaju seja uma cidade inteligente. Aqui, podemos desfrutar de serviços que já são oferecidos virtualmente, a sinalização de trânsito sincronizada, marcação de exames de saúde on-line, audiências virtuais já são incorporados em nossas vidas. Economizamos tempo, a cidade fica menos poluída e os serviços ganham agilidade. O ideal é que todos possam ter acesso a esses benefícios. Quando isso acontecer, poderemos realmente chamá-las de cidades inteligentes”.
Clarisse de Almeida destaca que cidades inteligentes usam a tecnologia de modo estratégico.
“Seja para melhorar a infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana, criar soluções sustentáveis e outras melhorias necessárias para a qualidade de vida dos moradores.
Essas inovações são importantes para o futuro do planeta, porém não podem ser implementadas desassociadas de uma qualificação espacial, áreas urbanizadas e saneadas, lotes arejados, vias de circulação pavimentadas”.