Aracaju (SE), 02 de maio de 2025
POR: SES/SE
Fonte: SES/SE
Em: 18/04/2017
Pub.: 19 de abril de 2017

Rótulos: informações que são importantes para a saúde

Cerca de metade da população tem o hábito de ler as informações dos rótulos (Foto: SES/SE)

Cerca de metade da população tem o hábito de ler as informações dos rótulos (Foto: SES/SE)

“Minha vida agora é ler rótulos”, é assim que o funcionário público Davi Amoroso descreve a rotina. Ele é alérgico a lactose, um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos, as pessoas com este tipo de intolerância têm dificuldade em absorver a substância no organismo. Davi conta que fazer compras costuma demorar um pouco mais que o normal. “Minha ida ao supermercado é sempre complicada, chego a passar duas horas e meia lendo rótulos. Basicamente um turno fazendo compras. E isso causa um desgaste muito grande”, afirmou Davi Amoroso.

Ele faz parte de uma parcela da população brasileira que lê os rótulos dos alimentos no momento da compra.  De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, 52% dos brasileiros leem os ingredientes, a tabela nutricional e a data de validade dos produtos. Desse número, apenas 35% dos entrevistados entendem as informações que estão nas embalagens, apesar de nem sempre conseguir explicar o que as informações significam na prática.

Para Davi Amoroso, a maior dificuldade na compreensão dos rótulos é a falta de informações claras e objetivas sobre os produtos que podem causar alergia. “Além disso, as informações são muito pequenas e muito escondidas. Fica difícil encontrar cada uma delas nas embalagens, principalmente em produtos pequenos”, disse o funcionário público. Ele conta ainda que, por precaução, evita consumir alimentos sem saber a origem.

Situação semelhante vive a professora de inglês Cris Abreu. Dois dos três filhos nasceram com alergia a lactose e soja. Ela conta que a maior dificuldade está nos nomes que são colocados nas embalagens. “A nomenclatura é o mais difícil. Há mais de um nome para os derivados do mesmo produto, e é muito nome diferente. A gente tem que andar com uma lista pra não deixar passar nada”, explicou Cris.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde junho do ano passado as empresas de produtos alimentícios e de cosméticos são obrigadas por lei a exibir quais as substâncias existentes que podem causar alergia. Para Silvio Almeida, coordenador da Anvisa em Sergipe, o órgão está atuando na melhoria da disponibilização dessas informações. “Ainda existe muito que ser feito. Estamos em constante trabalho junto às empresas para que as informações estejam mais claras para o consumidor”, disse o coordenador.

Silvio Almeida também destacou que a Anvisa trabalha na regulação das normas que especificam a melhor forma de repassar a informação para o consumidor final. “Estamos sempre desenvolvendo melhorias principalmente para os consumidores que são alérgicos a algumas substâncias. No entanto, as Vigilâncias Sanitárias do Estado e dos Municípios atuam em parceria conosco na fiscalização dos produtos, para que, caso haja alguma inconformidade, a empresa seja notificada”, ressaltou Silvio Almeida, coordenador da Anvisa em Sergipe.

Diferente de algumas pessoas, a aposentada Maria Aparecida Santos não tem o hábito de ler as informações nos rótulos dos produtos. “Dificilmente eu olho o que está escrito. Na maioria das vezes eu esqueço de olhar até a data de validade. Já cheguei a comprar produtos com a validade vencida por não olhar direito estas informações”. Ela reconhece que o hábito pode trazer consequências para o organismo. “Esqueço de olhar os produtos e sei que existem substâncias como o açúcar e o sódio, que em excesso, podem fazer muito mal par a saúde”, disse a aposentada.

Para a nutricionista Amanda Souza, criar o hábito de ler o rótulo das embalagens pode evitar o consumo de substâncias que possam fazer mal à saúde. “Principalmente as pessoas que têm alguma doença como diabetes ou hipertensão e alergias alimentares devem ficar atentas aos ingredientes de cada alimento. Quanto menos ingredientes o produto tiver, menos processado ele é, ou seja, mais “natural”. Além disso, é importante observar sempre a tabela nutricional para saber o quanto se ingere de carboidrato ou gordura, por exemplo, para evitar consumir esses nutrientes em excesso”, explica a nutricionista.

Ela explica que não é preciso exagerar nas precauções para que o bom hábito se torne uma compulsão. “É importante observar e estar atento a tudo que comemos, mas é preciso entender que tudo existe um limite. Cada pessoa deve seguir uma rotina como acredita ser melhor ou de acordo com o profissional de nutrição, caso tenha acompanhamento. Se passarmos a ter hábitos saudáveis, iremos consumir alimentos mais naturais e menos processados, ou seja, iremos descascar mais e desembalar menos! Consequentemente teremos uma vida com mais saúde”, afirmou Amanda Souza.


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