Aracaju (SE), 19 de setembro de 2025
POR: Aracaju Magazine
Fonte: Aracaju Magazine
Em: 18/09/2025 às 07:59
Pub.: 19 de setembro de 2025

Mais de 10 mil empresas sergipanas têm risco de exclusão do Simples Nacional em 2026

A mudança de regime pode colocar principalmente os empreendedores menores em risco de fechamento ou de irem para a dívida ativa - Imagem: Gov.com.br

Um levantamento realizado pelo Núcleo de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, com base em dados da Receita Federal, identificou que 10.723 empresas sergipanas estão em risco de desenquadramento do Simples Nacional em 2026.

As notificações já foram enviadas e as empresas têm 90 dias, a partir da ciência do Termo de Exclusão, para regularizar os débitos e manter os benefícios do regime simplificado.

Empresas notificadas em Sergipe

  • MEIs: 4.577 notificadas, com dívidas de R$ 11 milhões.
  • Micro e pequenas empresas do Simples: 6.146 notificadas, com dívidas de R$ 152,7 milhões.

As pendências foram identificadas em contribuintes com débitos tributários acima de R$ 1.000. Caso não regularizem dentro do prazo, a exclusão será válida a partir de 1º de janeiro de 2026. Para os MEIs, o desenquadramento do Simei também ocorrerá nesta data.

Prazos e procedimentos

  • O prazo de 90 dias para regularização é contado a partir da ciência do Termo de Exclusão.
  • A ciência ocorre:
    . Na primeira leitura do termo no DTE-SN; ou
    . Automaticamente, no 45º dia após a disponibilização.
  • O contribuinte pode regularizar por: pagamento, parcelamento ou compensação.
  • Caso a dívida esteja em dívida ativa, deve-se observar as condições de transação tributária vigentes.

Riscos do desenquadramento

Segundo o presidente em exercício do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Alex Garcez, a exclusão pode ter impactos severos.

“A mudança de regime pode colocar principalmente os empreendedores menores em risco de fechamento ou de irem para a dívida ativa. O compromisso do Sistema Fecomércio é oferecer orientação qualificada e boas práticas de conformidade, preservando a competitividade do comércio sergipano”, destacou.

Entre as consequências estão:

  • Migração para Lucro Presumido ou Real, com maior complexidade operacional;
  • Aumento da carga tributária;
  • Perda da guia unificada (DAS);
  • Custos mais altos de conformidade;
  • Maior risco de multas e autuações.

Para os MEIs, a perda do Simei gera impacto direto no fluxo de caixa e na gestão tributária, além de expor os empreendedores a exigências acessórias mais rígidas.

O economista e chefe de Comunicação e Inteligência da Fecomércio, Marcio Rocha, alerta para o efeito em cadeia:

“Se confirmada, a exclusão tende a aumentar custos, pressionar o capital de giro, gerar repasse de preços e até retração de investimentos e empregos. Regularizar agora reduz riscos e preserva margens.”

Orientações

Para regularizar sua situação, o empresário deve:

  1. Acessar o Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) ou o e-CAC da Receita Federal;
  2. Consultar o Relatório de Pendências e validar a contagem do prazo;
  3. Regularizar os débitos por pagamento, parcelamento ou compensação;
  4. Verificar as condições de transação tributária, caso a dívida esteja em cobrança ativa. 

Com informações da Fecomécio


Mais de 10 mil empresas podem ser excluídas do Simples :: Por Marcio Rocha

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