Tribunal reforça medidas de diversidade, equidade e inclusão em novo concurso
As provas ocorrem em agosto e as inscrições estão abertas até 17 de junho

O Tribunal de Contas da União (TCU) está com inscrições abertas, até o dia 17 de junho, para o concurso público que vai selecionar novos técnicos federais de controle. O certame traz uma série de medidas voltadas à promoção da diversidade, da equidade e da inclusão, consolidando o compromisso do Tribunal com a representatividade no serviço público.
Coordenado pelo Instituto Serzedello Corrêa (ISC) e executado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), o concurso oferece 60 vagas, sendo 40 para provimento imediato e 20 para cadastro de reserva, com salários iniciais de R$ 15.128,26 para jornada de 40 horas semanais. As provas estão marcadas para o dia 3 de agosto de 2025, em Brasília. O resultado da primeira etapa será divulgado no dia 29 do mesmo mês.
Entre as ações adotadas, destaca-se a ampliação das cotas para pessoas com deficiência (PCD), que passam de 5% para 10% do total de vagas. A iniciativa é destacada pela presidente do concurso e diretora-geral do ISC, Ana Cristina Novaes, como um marco importante para o TCU.
“Incorporar medidas de diversidade, equidade e inclusão em concursos públicos, como o do TCU, é fundamental para enfrentar desigualdades históricas e promover maior representatividade no serviço público. O TCU está atento a essas questões. Ações afirmativas, como a elevação da cota para pessoas com deficiência, representam avanços extremamente importantes”, disse.
Além disso, foi exigida, em contrato com a banca organizadora, a paridade de gênero e raça na composição das bancas examinadoras, bem como a disponibilização de espaço para amamentação nas etapas do concurso e no programa de formação. Também houve o cuidado de realizar as provas fora do período de férias escolares, facilitando a participação de candidatos com filhos em idade escolar.
Outro aspecto importante é o compromisso com a acessibilidade. O edital foi publicado também em braile e estão previstos materiais acessíveis e serviços de tradução e interpretação em Libras. Os procedimentos de heteroidentificação para candidatos negros e a avaliação dos candidatos PCD também ocorrerão na capital federal, acompanhando a aplicação das provas.
O TCU também está atento à formação dos envolvidos nas etapas do concurso. Embora a responsabilidade pela comissão de heteroidentificação seja da banca organizadora, foi exigido que seus integrantes possuam letramento racial.
Outra frente em análise é a reformulação do programa de formação, que constitui a segunda etapa do concurso. Sua finalidade principal é a integração inicial no ambiente de trabalho e o desenvolvimento básico de competências necessárias à atuação profissional dos novos servidores. Então, nesse contexto de remodelação e seguindo as diretrizes da gestão, passam a ser incluídas também iniciativas voltadas ao fortalecimento das competências comportamentais, com foco em temas como empatia, respeito às diferenças e consciência social. Sobre o assunto, a diretora do ISC reforça o impacto nos trabalhos do TCU.
“Essas iniciativas tornam o TCU mais plural, ampliam sua legitimidade institucional e fortalecem sua capacidade de compreender e fiscalizar realidades diversas. É uma composição que contribui para uma atuação mais justa, eficaz e alinhada aos interesses da sociedade brasileira”, explica Ana Cristina.