Aracaju (SE), 02 de outubro de 2025
POR: Erenita Sousa
Fonte: Erenita Sousa
Em: 02/10/2025 às 14:36
Pub.: 02 de outubro de 2025

Quando a infância é roubada: o impacto no posicionamento da vida adulta:: Por Erenita Sousa

Erenita Sousa*

Erenita Sousa - Foto: Erenita Sousa

Você já se sentiu perdida, deslocada ou até mesmo sem saber exatamente qual é o seu lugar na vida?

Muitas vezes, esses sentimentos não surgem do nada. Eles são ecos de uma infância em que algo foi roubado — seja a segurança, o direito de ser criança, ou até mesmo o lugar de pertencimento dentro da família.

Na vida adulta, esse roubo se manifesta em forma de conflitos: relacionamentos que não fluem, carreira sem direção, dificuldade de tomar decisões ou aquela sensação constante de estar sempre lutando por reconhecimento. Mas, no fundo, tudo isso é reflexo de dinâmicas inconscientes que começaram lá atrás, na infância.

A infância como base do pertencimento

Grande parte das crianças inicia a vida dentro do núcleo familiar. Outras, porém, passam por rupturas: são acolhidas em abrigos, adotadas ou inseridas em famílias que não são de origem.
E quando isso acontece?

Como fica a mente da criança que chega?
E como reagem as que já estavam ali, vivendo naquele espaço?

Sob a ótica sistêmica, esse movimento abre espaço para questões profundas de inclusão e exclusão. Quem é recebido pode se sentir um intruso; quem já estava pode viver a experiência de perder lugar. Essas marcas deixam rastros invisíveis, mas poderosos, na constituição do adulto.

O reflexo na vida adulta: busca por posicionamento

Na fase adulta, essa busca por pertencimento e posição pode virar uma batalha silenciosa. Pessoas que viveram dinâmicas de exclusão na infância tendem a carregar sentimentos de:

  • não saber exatamente onde se encaixam;
  • buscar reconhecimento de forma incessante;
  • sentir-se invisíveis ou não valorizadas;
  • repetir padrões de exclusão em relacionamentos e no trabalho.

Todos nós queremos pertencer. Mas quando o sistema familiar não reconhece plenamente todos os membros, cria-se um desequilíbrio que repercute em como nos relacionamos com o mundo.

Posicionamento: a chave para transformar a dor em força

Encontrar o verdadeiro lugar é mais do que uma questão de carreira ou de status social. É um movimento interno, que começa quando você reconhece sua história, olha para as exclusões e dá voz à sua criança interior.

Esse processo não é fácil, porque mexe com feridas antigas. Mas é possível — e necessário — para quem deseja viver com clareza, equilíbrio emocional e força de posicionamento.

A busca terapêutica oferece esse caminho. Ela permite que você compreenda como as dinâmicas familiares afetaram sua visão de mundo, que reconheça os espaços de dor, e que finalmente assuma seu lugar, sem precisar competir ou mendigar reconhecimento.

Um convite à consciência

Se você sente que algo em sua vida não se encaixa — no pessoal ou no profissional — talvez seja hora de olhar para trás e perguntar:

  • O que a minha criança interior não recebeu e ainda grita dentro de mim?
  •  Será que o que vivo hoje é reflexo de um lugar que me foi negado?

A boa notícia é que o reposicionamento é possível.
Com consciência e apoio, você pode transformar a dor da exclusão em força, e a sensação de perda em um ponto de partida para uma vida de verdade, pertencimento e sentido.

Porque posicionamento não é sobre provar algo para o mundo, mas sobre reconhecer o seu lugar dentro de si mesma.

Com escuta e clareza,
Erenita Sousa

*Psicanalista, mentora e consteladora sistêmica familiar e empresarial.
Atua no campo terapêutico e empresarial com foco em desenvolvimento humano, posicionamento interno e relações saudáveis no trabalho e na vida.

Instagram: @erenita_sousa
WhatsApp: +55 (79) 99961-5636

Negócios com sentido. Relações com verdade. 


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