A CEIA DE NATAL CORRE PERIGO :: Por Thiago Davis
Da Momentânea Irracionalidade Eleitoral
Thiago Davis*

Thiago Davis - Foto: arquivo pessoal
Como chegamos a tudo isso? As eleições passaram a representar o bem x mal.
Se meu candidato ganhar, eu já nem faço questão em ir ao paraíso, me contento em não descer ao inferno que a vitória do outro candidato reserva. Ou ainda, se a nação quer, se Deus também quer, se meu candidato perder é porque tem fraude nas urnas. No meio disso tudo, tem 40 milhões do eleitorado brasileiro que sequer comparecem nas urnas ou escolhem um candidato e, ainda assim, ficam no meio do fogo cruzado.
O que esquecemos? Somos todos brasileiros querendo o melhor para o país e divergimos apenas no modo (cada um com sua opção de voto). No 1 turno, 26,5 milhões de eleitores não votaram nem em Bolsonaro, nem em Haddad, e serão convocados para fazer uma escolha: ou votar em um dos dois ou não votar. O mesmo se diga aos 40 milhões que já tinham optado em não influenciar na disputa eleitoral.
Por que esquecemos? Porque ainda não reconhecemos que toda situação atual é fruto dos erros e acertos da nossa história, próprios das circunstâncias do momento vivenciado. Não existe salto quântico para a solução dos mais graves problemas do país.
Qual será o desfecho? Como é próprio da democracia no Estado de Direito, a maioria dos votos válidos decidirá quem será o próximo Presidente do Brasil.
Não será o apocalipse para ninguém.
*Bacharel em Direito pela PUC/SP