Aracaju (SE), 28 de junho de 2025
POR: Tharciana Miranda
Fonte: Conversion
Em: 27/06/2025 às 14:09
Pub.: 27 de junho de 2025

Educação financeira começa em casa e pode preparar adolescentes para o futuro

Conversas sobre dinheiro ainda são raras nas famílias brasileiras, mas pequenas mudanças na rotina podem ajudar jovens a desenvolver responsabilidade e consciência financeira

Família - Foto: Pexels

Conversar sobre dinheiro dentro de casa continua sendo uma barreira para muitas famílias. Por falta de hábito ou por não saber por onde começar, muitos pais acabam deixando o assunto de lado. Mas ensinar os filhos a lidar com o dinheiro desde cedo pode fazer toda a diferença no futuro.

A adolescência, em especial, é um momento-chave. É quando os jovens começam a ter mais autonomia, tomam pequenas decisões sozinhos e, muitas vezes, já têm acesso ao consumo, seja com uma mesada, presentes em dinheiro ou até fazendo pequenos trabalhos. Justamente por isso é importante que aprendam desde cedo a administrar o que têm.

Uma pesquisa feita em 2018 pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que quase metade dos pais ou responsáveis (46%) nunca conversaram com os filhos sobre finanças. 

O estudo ouviu 800 consumidores de todas as capitais brasileiras que têm filhos entre 4 e 17 anos. O dado mostra que, mesmo com o acesso crescente dos jovens ao mundo digital e ao consumo, o tema ainda está longe de ser tratado com naturalidade em casa.

Dia a dia 
Educação financeira não precisa ser algo complicado ou cheio de fórmulas. Na prática, tudo começa com pequenos gestos no dia a dia. Mostrar como a família organiza as contas do mês, fazer juntos a lista do mercado e pensar em metas de economia para um passeio ou uma compra – tudo isso já conta como aprendizado.

A mesada, por exemplo, ainda é uma boa ferramenta para ajudar os adolescentes a entenderem o valor do dinheiro. Segundo orientações da Fundação Sanepar, ela só funciona bem se vier acompanhada de conversas sobre planejamento e responsabilidade. Ao receber um valor fixo, o jovem pode aprender a fazer escolhas, como guardar para algo maior ou gastar com o que quiser, entendendo também as consequências disso.

Outro caminho interessante é propor desafios: quanto tempo levaria para juntar o valor de um novo tênis? É possível economizar juntos para uma viagem ou um fim de semana diferente? Estas situações ajudam os filhos a pensarem sobre o consumo de forma mais crítica e consciente.

Contas digitais 
Para quem já dá mesada ou permite que o adolescente administre um valor fixo, a conta digital para menor de 18 anos pode ser um próximo passo. Vários bancos e fintechs oferecem esta opção, que permite que o jovem use um aplicativo para movimentar seu próprio dinheiro, com acompanhamento dos responsáveis.
Este tipo de conta é um bom recurso para ensinar o controle dos gastos e o planejamento financeiro na prática. Os aplicativos costumam trazer funções como extrato, categorias de despesas e definição de metas, o que ajuda o adolescente a visualizar como está lidando com o dinheiro.

O blog da Serasa reforça que essa autonomia, supervisionada, pode ser bastante positiva, especialmente porque o ambiente digital já é familiar para esta geração. Além disso, os erros cometidos com pequenas quantias servem de aprendizado para decisões futuras mais complexas.

Educação financeira
Ainda que existam recursos tecnológicos à disposição, a educação financeira começa mesmo no diálogo. Mostrar, explicar e refletir juntos: isso é o que faz diferença em longo prazo.

Um levantamento divulgado pelo PagBank, em 2023, mostrou que só 21% dos jovens entre 13 e 17 anos dizem conversar com frequência com os pais sobre dinheiro. A pesquisa foi feita com 2 mil adolescentes de todas as regiões do Brasil, por meio de entrevistas online. Os números mostram que há espaço – e necessidade – para mudar esta realidade.

Quando o tema vira parte da rotina, os adolescentes aprendem mais do que contas e gastos: eles desenvolvem responsabilidade, aprendem a fazer escolhas e se preparam melhor para a vida adulta. E, neste caminho, ferramentas como uma abrir conta digital para menor de 18 anos podem ser aliadas importantes no processo. 


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