Alta no empreendedorismo pode ter índices mais baixos no pós-pandemia, diz especialista

André Gabillaud, diretor geral da Brain - Foto: AG? - Comunicação Estratégica
Mesmo com o crescimento nesse setor, influenciado pela crise sanitária e com crescimento frequente desde então, profissionais da área avaliam a incerteza quanto ao fenômeno se tornar uma tendência de mercado. É o que explica o engenheiro de produção e diretor geral do Grupo Brain, empresa de gestão empresarial, André Gabillaud.
“É difícil afirmar se é uma tendência , pois existem outros fatores que estão associados como a taxa de juros, a inflação, e até a própria guerra na Ucrânia. Tudo isso favorece para alguns e abala outros. Essa balança de aberturas de novos negócios deverá ser percebida nos próximos meses e acredito que não será tão crescente como na pandemia”, argumenta o engenheiro de produção.
Ele salienta ainda que, apesar do crescimento neste ato empreendedor, é nítido que a pandemia teve grande papel nisso, com a geração de diversas demissões em função das falências empresariais, empurrando essa massa de profissionais para a ação empreendedora. “Ela exterminou negócios e promoveu outros também. Essa promoção gerou esse comportamento com certeza”, afirma Gabillaud.
Segundo o engenheiro, ao adentrar no cenário empreendedor, é preciso levar em consideração os pilares básicos de todo negócio: qual a dor que o cliente em potencial sente?; o produto ou serviço que ele vai entregar resolve essa dor?; Canal de distribuição ( qual ou quais canais de venda serão utilizados?; Monetização ( de que maneira esse produto ou serviço será cobrado e como teremos retorno sobre o que vendemos).
Dessa forma, mais que abrir um empreendimento por fatores como a pandemia, de forma “obrigada”, resultando, muitas vezes, em algo sem êxito, os pequenos empreendedores podem fazer da estatística algo além da necessidade gerada a partir da pandemia, iniciando negócios prósperos.
“São diversos desafios que um novo empreendedor enfrenta. É claro que todos eles estão associados ao modelo de negócios que a empresa está adotando. Podemos com certeza usar diversas ferramentas gerenciais como o Plano de Negócios, o Plano Estratégico, o Orçamento Empresarial, Padronização de Processos, Indicadores de Gestão e muitos outros. O Planejamento Estratégico, por exemplo, serve como uma bússola empresarial, direcionando os esforços empresariais rumo ao objetivo da alta administração . Em negócios pequenos ele é ainda mais fundamental , pois a ausência de maturidade do empreendedor pode ser minimizada a partir do uso deste instrumento gerencial”, garante o diretor geral do Grupo Brain.
Nesse cenário, Gabillaud destaca também que o Grupo Brain possui diversos pacotes de ajuda a pequenos empreendedores, a exemplo de mentorias estratégicas, mentoria de processos , mentoria de finanças , mentoria de compras e estoque , de vendas e marketing. Tudo isso pensado para atender às demandas de cada tipo de negócio.