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Aracaju (SE), 10 de novembro de 2025
POR: Gabriela Ruddy
Fonte: Agência Eixos
Em: 07/11/2025 às 07:00
Pub.: 10 de novembro de 2025

Petrobras volta a dominar mercado livre de gás

Estatal respondeu por 65% das vendas no ambiente livre no terceiro trimestre

Magda Chambriard faz balanço de um ano de gestão como presidente da Petrobras, em 18 de junho de 2025 - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Petrobras foi responsável pela maior parte do volume de gás natural comercializado no mercado livre brasileiro no terceiro trimestre de 2025, resultado da estratégia da companhia para ganhar espaço nesse segmento. 

  • A estatal atingiu a marca de 6,5 milhões de m³/d de volume contratado nessa modalidade, o que representa cerca de 65% do total do mercado livre brasileiro, segundo o balanço financeiro do terceiro trimestre, divulgado na quinta (6).  

A companhia ressaltou que a intensificação da atuação no ambiente livre visa equalizar sua participação nesse mercado à participação nos investimentos em exploração e produção. 

  • Entretanto, a estatal teve uma queda no lucro líquido do segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono no terceiro trimestre, que ficou em R$ 51 milhões, redução de 70% na comparação anual. 
  • Segundo a companhia, a queda refletiu a “evolução competitiva nas vendas diretas de gás aos consumidores livres”, além dos menores preços do barril de petróleo e do câmbio, aos quais os preços do gás estão atrelados. 
  • Ao todo, o lucro da estatal de julho a setembro ficou em US$ 6 bilhões, alta de 2,7% na comparação anual. Confira o balanço na íntegra

Conforme antecipado pela gas week em agosto, a estatal triplicou a base de clientes no mercado livre de gás em 2025. Levantamento da agência eixos mostrou que a companhia captou 12 novos clientes apenas no primeiro semestre

  • Desde o ano passado, a estatal vem se reposicionando no ambiente de contratação livre, depois de perder espaço para as comercializadoras privadas
  • A estratégia passou pela diversificação da base de clientes, atingindo consumidores menores, com a oferta de novas opções contratuais. 
  • Se antes a companhia concentrava as vendas na indústria siderúrgica, passou a disputar novos mercados, como a indústria de cerâmica
  • A diversificação também foi regional: a estatal estreou no mercado de São Paulo, o maior do país, a partir de um contrato com a Suzano em maio

Os ganhos no mercado também coincidem com a entrada em operação da unidade de processamento do Complexo Boaventura (RJ), que ampliou em 21 milhões de m³/dia a capacidade de processamento de gás nacional a partir de novembro de 2024.

Classificação de gasodutos. Vinte estados, por meio do Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), pediram para entrar como partes interessadas (amicus curiae) na ADI que questiona a competência legal da ANP para definir os critérios técnicos para classificação de gasodutos de transporte.

  • Os estados argumentam que a Lei do Gás confere à ANP um “poder regulatório exorbitante que lhe confere a prerrogativa de interferir diretamente no campo de competências estaduais”. 

Revisão tarifária. A diretoria da ANP aprovou o novo plano de ação da revisão tarifária das transportadoras de gás natural, com o fatiamento do processo. A agência definiu o novo cronograma para a discussão, que prevê definir ainda este ano a nova metodologia para o cálculo da taxa de retorno dos investimentos.

Refit. O julgamento na reunião da diretoria da ANP dos pedidos de impedimento e suspeição contra dois dos quatro possíveis relatores do processo iniciado com a interdição da refinaria de Manguinhos se arrastou ao longo da quinta (6). 

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