Tendências de mercado: por que dominar RFID pode ser um diferencial no currículo?
Empresas investem na tecnologia para ganhar eficiência, e profissionais que dominam sua aplicação ganham destaque no mercado de trabalho

Do varejo à saúde, empresas têm adotado a Identificação por Radiofrequência (RFID) em etiquetas, leitores e softwares, para rastrear ativos em tempo real, reduzir perdas e ganhar visibilidade sobre estoques e fluxos. E profissionais que entendem tanto o desenho técnico quanto o impacto de negócio desta tecnologia conquistam vantagem competitiva em um mercado que acelera a automação e exige resultados mensuráveis.
O mercado de RFID já vale US$ 15,5 bilhões em 2024 e deve atingir US$ 37,7 bilhões até 2032, com uma taxa anual de crescimento de cerca de 11,9%, segundo levantamento realizado pela Fortune Business Insights. E projeções paralelas estimam que o mercado alcance US$ 26 bilhões até 2029, com CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta, em português) de 11,7%.
Onde o RFID está presente?
A Identificação por Radiofrequência é um sistema de identificação automática que utiliza ondas de rádio para transmitir dados armazenados em pequenas etiquetas, chamadas de tags. Diferentemente do código de barras, a leitura não exige contato visual direto, permitindo registrar centenas de itens simultaneamente e em movimento.
Esse funcionamento, muitas vezes invisível para o consumidor, já está presente em situações comuns do dia a dia, como:
- Logística e indústria: para rastreamento de ativos, gerenciamento de pátios e centros de distribuição.
- Varejo: uso em etiquetas inteligentes para controle de estoque, prevenção de perdas e experiência omnichannel.
- Saúde: identificação segura de pacientes e medicamentos, além de rastreamento preciso de ativos hospitalares.
- Embalagens e sustentabilidade: rastreabilidade da cadeia de fornecimento, com foco em eficiência e baixo impacto ambiental.
Expansão do mercado e demanda por profissionais
De acordo com guias publicados por empresas de tecnologia como TOTVS, CPCon e Bsoft, a RFID vem se consolidando como uma ferramenta essencial em cadeias de suprimentos complexas. O principal motivo é a crescente necessidade de rastreabilidade e a busca por produtividade.
No varejo, por exemplo, a tecnologia permite controlar o estoque com precisão item a item, o que facilita operações omnichannel, como compras online com retirada na loja. Já na indústria, a ferramenta é usada para monitorar peças em linhas de produção, reduzir falhas e integrar dados diretamente aos sistemas de gestão (ERP e WMS).
Com este avanço, cresce também a procura por profissionais que saibam planejar e implementar projetos de RFID. As empresas buscam pessoas capazes de desenhar processos, configurar antenas e leitores, integrar dados ao sistema corporativo e, sobretudo, transformar informações em indicadores de negócio. Isso mostra que não se trata apenas de conhecimento técnico, mas de uma competência estratégica que conecta tecnologia e tomada de decisão.
Conhecimento que agrega
Para o profissional, dominar a RFID representa uma diferenciação no mercado de trabalho. Empresas buscam cada vez mais candidatos que conheçam o funcionamento técnico da tecnologia e que também consigam aplicá-la a contextos reais de negócio. Entender as frequências (LF, HF, UHF), as características das tags para diferentes ambientes e os desafios de integração com sistemas é parte fundamental da formação.
Como se preparar para atuar com RFID
- Fazer cursos técnicos ou universitários sobre Internet das Coisas (IoT), automação industrial, logística ou sistemas RFID específicos.
- Buscar certificações relevantes, muitas vezes oferecidas por empresas especializadas no setor.
- Praticar com equipamentos: leitores, etiquetas e plataformas de análise de dados aplicados a RFID.
Em um processo seletivo, um candidato que demonstra experiência prática em RFID, como a implementação de inventários automatizados ou a redução de perdas em determinada operação, tende a se destacar.