"Se tem torcida no Mineirão tem que liberar o Batistão também", diz Washington sobre volta do público aos estádios
A presença de 17 mil atleticanos apoiando o Galo no Mineirão acendeu um novo debate no futebol brasileiro: o privilégio de alguns clubes terem o apoio da torcida durante a pandemia. Nesta sexta-feira (20), o mesmo Mineirão volta a receber torcedores, dessa vez vestidos de azul e branco na partida Cruzeiro x Confiança pela série B do Brasileirão. A diretoria do Botafogo se manifestou contrária a decisão alegando que muitas equipes serão desfavorecidas por causa de diferentes decretos governamentais. “Permitir o desequilíbrio esportivo é inaceitável, além de uma ameaça à segurança jurídica do torneio”, diz a nota oficial do clube.
Também no meio de semana, o Flamengo se aproveitou de uma decisão no Distrito Federal e levou a partida contra o Olímpia pela Libertadores da América para o Mané Garrincha. O rubro-negro carioca recebeu o apoio de 11 mil torcedores.
A CBF divulgou na última segunda-feira, 16, um protocolo para retorno do público aos estádios. O documento prevê um retorno gradual e respeitando as medidas sanitárias de combate ao coronavírus.

"Se tem torcida no Mineirão tem que liberar o Batistão também", diz Washington sobre volta do público aos estádios (Foto: Assessoria Washington Coração Valente)
Na condição de comentarista do SBT na Libertadores da América, Washington pediu o cumprimento das regras sanitárias contra a Covid-19 nos estádios de futebol. Ele não aprovou a aglomeração que aconteceu no Mineirão na partida Atlético x River Plate. “Infelizmente houve desrespeito dentro e fora de campo. O teste em BH foi reprovado e precisa ser corrigido para o jogo desta sexta-feira entre Cruzeiro e Confiança”, alertou.
Para o Coração Valente, apesar do avanço na vacinação o momento ainda exige o distanciamento social entre torcedores, como acontece com as pessoas que frequentam cinemas, teatros e shows. “Nós sabemos que o futebol envolve paixão e ao mesmo tempo muita tensão, por isso as vezes é difícil de controlar as emoções dentro de campo. De qualquer sorte, é preciso se adaptar à realidade que vivemos”, analisou.