Aracaju (SE), 21 de novembro de 2025
POR: Erenita Sousa
Fonte: Erenita Sousa
Em: 21/11/2025
Pub.: 21 de novembro de 2025

Quando o passado invade o presente: o ciúme que nasce da alma, não da relação:: Por Erenita Sousa

Por Erenita Sousa*

Erenita Sousa - Foto: Erenita Sousa

Há um tipo de ciúme que não nasce do que a pessoa faz hoje, mas daquilo que você lembra, teme ou já viveu. É um ciúme que não olha para o presente — ele vasculha o passado, cria cenários e ativa inseguranças que parecem não ter explicação lógica. Quando isso acontece, duas possibilidades costumam aparecer na clínica: o ciúme projetivo e o ciúme delirante.

O ciúme projetivo acontece quando o psiquismo usa o parceiro atual como uma “tela” para projetar conteúdos internos não elaborados. Situações antigas de rejeição, abandono, comparações ou tramas familiares podem se infiltrar silenciosamente na forma como você enxerga o outro. Não se trata de exagero ou irracionalidade — trata-se de uma memória emocional que ainda não encontrou lugar dentro de você.

Já o ciúme delirante é quando o medo se desconecta totalmente da realidade e o indivíduo passa a acreditar em narrativas que não têm base objetiva. Esse tipo de ciúme costuma gerar muito sofrimento psíquico, porque o medo ganha vida própria, produzindo interpretações distorcidas, vigilância excessiva e uma sensação constante de ameaça.

Independentemente do nome, o que importa é compreender o movimento interno:
quando surge um medo sem motivo aparente, geralmente estamos lidando com algo que pertence à sua história — não ao comportamento atual do outro.

E isso se manifesta muito além das relações afetivas.
No campo social, esse tipo de insegurança pode gerar retraimento, necessidade de aceitação ou medo de rejeição.
No ambiente profissional, pode surgir como comparação constante, dificuldade de confiar em colegas, sensação de que sempre existe “algo errado” ou de não ser suficiente.
É como se uma parte de você estivesse sempre em alerta, tentando se proteger de dores que já aconteceram.

Por isso, o caminho nunca é rotular.
O caminho é perguntar:
Esse medo fala de alguma história minha?
Já vivi situações de perda ou quebra de confiança?
Existe um lugar interno ainda buscando segurança?

Quando você começa a olhar para essas perguntas com honestidade e profundidade, o medo perde força. A projeção se desfaz. O presente volta a ser presente — e a relação deixa de ser habitada pelos fantasmas do passado.

Se você sente que chegou o momento de organizar essas emoções, fortalecer seu posicionamento interno e compreender de onde vem esse movimento, posso te acompanhar nesse processo, online ou presencial.
Existe um caminho de clareza e liberdade possível — e ele começa quando você decide ouvir sua própria história emocional.

E para quem deseja iniciar 2026 com um movimento profundo de cura e reencontro com a verdade interna, as inscrições para a Jornada da Alma já estão abertas.
Uma imersão terapêutica para reorganizar o que dói, fortalecer o que sustenta e abrir espaço para uma nova forma de se relacionar consigo e com o outro.

Link de inscrição – Jornada da Alma https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf12oycJ8BIoqZfiH0UjM1eiL2la3a1ELOzvmhX9j18VgiJlQ/viewform 

Com escuta, propósito e verdade,
Erenita Sousa
@erenita_sousa

Sobre a autora
Contadora, jornalista, psicanalista, mentora e consteladora sistêmica familiar e empresarial.
Atua no campo terapêutico e empresarial com foco em desenvolvimento humano, posicionamento interno e relações saudáveis no trabalho e na vida.

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