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Aracaju (SE), 08 de novembro de 2025
POR: Alexandra Brito
Fonte: Ascom/SerMulher
Em: 07/11/2025 às 11:56
Pub.: 07 de novembro de 2025

SerMulher implanta Sala Azul e transforma grupos reflexivos em política pública municipal

A secretária Elaine Oliveira, a coordenadora do Grupo Reflexivo, Luciana Ribeiro, e as técnicas da SerMulher - Foto: Ascom/SerMulher

Mais uma política pública de impacto social significativo começa a tomar forma por meio da Secretaria Municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres (SerMulher). Trata-se da Sala Azul, espaço destinado ao acolhimento e acompanhamento dos grupos reflexivos formados por autores de violência doméstica, que, após 14 anos de atuação do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE) e instituições parceiras, passam agora a ser implementados como política pública permanente no município de Aracaju.

A prefeita Emília Corrêa destacou que a implantação da Sala Azul representa o compromisso da gestão com políticas públicas transformadoras. "Com a implantação da Sala Azul, Aracaju dá um passo firme no enfrentamento à violência doméstica. Essa iniciativa representa um compromisso com o cuidado, a reeducação e a reconstrução de histórias. Estamos falando de um trabalho que salva vidas e muda comportamentos."

"A violência doméstica precisa ser enfrentada com firmeza, mas também com acolhimento e reeducação. A Sala Azul simboliza a oportunidade de reconstruir histórias e promover uma Aracaju mais justa e humana. Quero reconhecer o trabalho da equipe da SerMulher, sob a liderança da secretária Elaine Oliveira, e agradecer ao Tribunal de Justiça e às instituições parceiras por essa importante parceria", afirmou a prefeita.

A secretária municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres, Elaine Oliveira, destacou que a Sala Azul integra o Planejamento Estratégico da SerMulher e foi criada para acolher e promover a transformação dos homens autores de violência doméstica. "A quebra desse ciclo precisa da participação efetiva deles. Estamos aqui para ajudar a romper essa barreira, promovendo a reflexão e a responsabilidade. Preparamos inclusive uma cartilha explicativa, para que compreendam os tipos de violência doméstica e reconheçam a importância da mudança de comportamento", reforçou.

Elaine explicou ainda que serão 12 encontros semanais até janeiro de 2026, envolvendo 17 participantes que receberão apoio psicológico, social e jurídico. "Primeiramente recebemos 15 pessoas e depois mais duas. Neste primeiro encontro, criamos uma ‘cápsula do tempo', onde cada participante escreveu o que estava sentindo. Essa cápsula será aberta no último encontro, para que todos reflitam sobre o processo e escrevam uma nova mensagem, que será aberta após um ano", contou a secretária.

Com resultados expressivos, a atuação dos grupos reflexivos vem demonstrando efetividade na redução da reincidência de casos de violência doméstica, passando de índices próximos a 60% para apenas 6,7%, conforme dados levantados pelo Tribunal de Justiça. "O levantamento que fizemos no final de 2023 sinalizou um resultado bastante positivo. Agora, com os grupos reflexivos transformados em política pública, acreditamos que poderemos reduzir ainda mais a reincidência da violência doméstica. Depois de 14 anos de criação, a proposta foi prontamente acolhida pela secretária Elaine Oliveira e pela gestão municipal", destacou a psicóloga do TJ/SE, Sabrina Duarte Cardoso.

Num levantamento feito pelo TJ/SE, cerca de 500 autores de violência doméstica passaram pelos grupos reflexivos, até o final de 2023. O Ministério Público de Sergipe implantou o projeto dos grupos reflexivos a partir do segundo semestre de 2023 e, até o momento, já atendeu 49 pessoas.

Na última terça-feira, 4, os participantes do primeiro grupo se reuniram na sede da SerMulher para o encontro inaugural, conduzido pela equipe técnica da secretaria. "Essa é uma política pública essencial, proposta pela prefeita Emília Corrêa e prevista pela Lei Maria da Penha. É um trabalho técnico e profissional, conduzido por determinação judicial. Nosso papel não é julgar, mas facilitar uma reflexão profunda. O objetivo dos encontros é criar um espaço de diálogo sobre a violência, seus ciclos e caminhos para a sua interrupção", explicou a coordenadora do Grupo Reflexivo, Luciana Ribeiro.

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