Prefeitura de Socorro inicia protocolo para inserção de camarão na alimentação escolar
Projeto prevê implantação gradativa nas escolas da rede
Na rede municipal de ensino de Nossa Senhora do Socorro, a Secretaria da Educação deu início ao processo de inserção do camarão na alimentação escolar. Nesta quarta-feira, 1º, foi realizada uma das primeiras etapas: o teste de aceitabilidade com alunos da Escola Municipal Abelardo Pereira de Melo, no povoado Calumbi. Além de enriquecer o cardápio com uma excelente fonte de proteína, a iniciativa também busca fomentar a agricultura local, valorizar os produtores de camarão da região e fortalecer a cultura alimentar sergipana.
“Esse é o início de um projeto muito especial para mim, porque Socorro é um município conhecido pela carcinicultura, então nada mais justo do que ofertar o camarão para as nossas crianças. Depois de muito estudo, demos início à fase de testes para avaliar a percepção dos alunos, e o resultado não poderia ser melhor, a grande maioria aprovou tanto a preparação quanto a proposta. Outras escolas também participarão dessa etapa de testes e, em seguida, avançaremos para a implementação prática”, pontuou o prefeito Samuel Carvalho, que participou do momento da degustação.
A perspectiva é que o novo alimento chegue aos cardápios escolares já no próximo ano, com implementação inicial nas escolas de tempo integral. Posteriormente, de maneira gradativa, a iniciativa será estendida às demais escolas da rede municipal, assegurando que todos os estudantes possam ser beneficiados de maneira planejada e responsável.
“Primeiro estamos realizando a fase de testes, e depois o prato será inserido nas escolas de tempo integral, que são as escolas que oferecem almoço. Em um processo gradativo, vamos implementar nas outras escolas da rede, com uma preparação adaptada para o lanche, mas também com camarão”, explicou a secretária da Educação, Adriana Carvalho.
A oferta de camarões nas escolas simboliza não apenas a preocupação com uma merenda de qualidade, mas também a valorização dos traços culturais. “Além dos valores nutricionais da moqueca de camarão, que leva maxixe, chuchu, e a proteína do camarão, também é um prato tradicional de Socorro, que é um dos maiores produtores de Sergipe. A ideia é fortalecer ainda mais a nossa cultura no momento da refeição dessas crianças”, disse a coordenadora da Alimentação Escolar e nutricionista, Adryelle Paula.
A fase de testes ser realizada em uma escola no Calumbi foi estratégica, tendo em vista que a localidade possui ampla produção de camarão. “É muito importante. Os alunos aqui da comunidade já têm contato com camarão, e isso vai incentivar mais a cultura do crustáceo. Nós passamos um formulário com termo de autorização e os pais autorizaram os filhos a comer. Poucos casos não foram autorizados ou por não gostar, ou por alergia”, relatou Sara Guimarães, diretora da unidade escolar.
Por se tratar de um alimento que pode causar alergia em determinadas pessoas, além da autorização dos pais, uma equipe de saúde esteve presente na escola, para ficar de prontidão e garantir a segurança dos alunos que fizeram o teste.
Quando a iniciativa for oficialmente iniciada, os camarões utilizados na alimentação escolar serão adquiridos por meio de chamada pública, priorizando produtores locais. Dessa forma, além de garantir um produto fresco e de qualidade para os estudantes, o projeto contribui para fortalecer a economia do município, gerar renda para os produtores da região e valorizar a cadeia produtiva do camarão, tão importante para a cultura alimentar sergipana.
