Fósseis de animais históricos encontrados em Gararu representa identidade cultural da região
Há quase seis anos, pesquisadores se aprofundam na busca por materiais da época da megafauna encontrados no Sítio Elefante na cidade de Gararu.

Fósseis encontrados em Gararu (Foto: MPF)
Há quase cinco anos, foi encontrado na cidade de Gararu, interior de Sergipe, pela primeira vez, resquícios de artefatos arqueológicos. Dentre os materiais recolhidos no sítio paleontológico conhecido como Sítio Elefante pelos pesquisadores da área, se destacaram fósseis da megafauna, duas espécies de preguiças terrestres, uma delas gigante (com mais de 3 metros de altura), tatus gigantes, tigres dente de sabre, uma espécie extinta de elefante chamada de estegomastodonte, camelídeos e equídeos, entre outros mamíferos extintos de grande porte.

A professora do curso de História EaD da Universidade Tiradentes, Eunice Aparecida Borsetto (Foto: Asscom Unit)
“É importante salientar a relevância dos estudos paleontólogos para entender a evolução das espécies e dos ambientes geológicos ao longo da história civilizatória, que auxilia na compreensão do desenvolvimento geográfico na região e suas consequências sobre o solo, clima e sobrevivência. O homem que possui conhecimento das diversas fontes de informações sobre sua ancestralidade, memória e identidade cultural do ambiente em que vive, sejam elas fragmentos ou pinturas rupestres, passa a valorizar seu legado histórico e sua cultura através do incentivo a pesquisa, manutenção e divulgação das mesmas, bem como, a valorização e o incremento turístico sustentável, deste e de outros sítios arqueológicos”, reitera Eunice.
Os trabalhos de pesquisa são feitos pela equipe de Patrimônio Cultural e Comunidades Tradicionais da Fiscalização Preventiva Integrada do São Francisco da Tríplice Divisa (FPI) do São Francisco. Em 2019, os pesquisadores encontraram três fragmentos de fóssil que ainda não foram identificados e 12 novas peças na cidade de Gararu. Os fósseis foram localizados próximo à residência de um morador das redondezas do Sítio Elefante e os pesquisadores encontraram o material após verem um cachorro brincando com um fragmento fóssil. Eles foram recolhidos e entregues para guarda da Universidade Federal de Sergipe (UFS).