Aracaju (SE), 13 de novembro de 2025
POR: Governo de Sergipe
Fonte: Governo de Sergipe
Em: 13/11/2025 às 16:15
Pub.: 13 de novembro de 2025

Saúde estadual discute controle e prevenção da esporotricose em Sergipe

Causada por um fungo do gênero Sporothrix, a esporotricose é um tipo de zoonose, doença infecciosa que pode ser transmitida entre animais e seres humanos

Saúde estadual discute controle e prevenção da esporotricose em Sergipe - Foto: Valter Sobrinho e Felipe Goettenauer

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) se reuniu nesta quinta-feira, 13, com o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de Sergipe (MPSE) e representantes municipais para discutir medidas de controle e prevenção da esporotricose no estado. Causada por um fungo do gênero Sporothrix, a esporotricose é um tipo de zoonose, doença infecciosa que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O gato é, atualmente, o principal transmissor desta infecção fúngica.

Esse foi o segundo encontro realizado na SES para tratar da esporotricose em Sergipe, a primeira reunião aconteceu em outubro deste ano. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, na ocasião, foi possível analisar condutas mais adequadas para animais e seres humanos portadores da doença. “Hoje, nós tivemos um segundo momento de reunião, com a presença dos municípios, onde ficou acertado que avaliaremos as medidas a serem tomadas, fortalecendo os municípios na captação ativa desses animais doentes, para que possamos fazer o tratamento adequado”, destacou.

Representantes de alguns dos municípios que estão sendo mais afetados por essa zoonose, como Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Lagarto, participaram da reunião. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), a Diretoria de Proteção Animal (Diproan) e a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), integrados à SES, também estiveram presentes.

Durante a reunião, ficou acordado que os municípios deverão realizar, num prazo de 60 dias, um levantamento para identificar as colônias de felinos de rua que residem em suas regiões. Esse mapeamento será encaminhado à SES para que seja elaborado um planejamento de ações de castração dos gatos (machos e fêmeas) identificados, utilizando o castramóvel.

A diretora de Proteção Animal da SES, Christy Monteiro, destacou a importância do papel do castramóvel no controle de zoonoses. “Com o levantamento realizado pelos municípios, nós, enquanto SES, levaremos o castramóvel até as regiões determinadas para realizar a castração desses animais de rua, especificamente os felinos. O objetivo é auxiliar no controle da esporotricose porque sabemos que quanto mais esses animais se proliferam, maior é o índice da doença”, explicou.

Segundo o procurador da República Igor Miranda, para que haja um melhor controle da esporotricose no estado são necessárias várias etapas e essa reunião integra uma delas. “Refletimos que não é possível em apenas uma reunião buscar ampla decisão e solução para o tema, por isso, decidimos que cada município vai fazer um levantamento de colônias de animais comunitários que vivem em nossas ruas e, a partir disso, apresentar a SES, que vai estabelecer um cronograma de castração desses animais”, pontuou.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental de São Cristóvão, Daniella de Andrade, o encontro foi fundamental para definir, da melhor forma, ações de controle da zoonose. “Esse momento foi maravilhoso para engrandecer as ações do nosso município, voltadas às zoonoses. Com a troca de informações, chegamos a conclusão de que precisamos estar juntos no combate à esporotricose. Essa integração entre municípios e Estado é muito importante para fortalecer o tratamento dos animais”, enfatizou.

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