Encerramento da 8ª Edição da Egbé — Mostra de Cinema Negro celebra juventude, arte e representatividade em Socorro, SE
Na última sexta-feira, 19, a EGBÉ — Mostra de Cinema Negro encerrou sua oitava edição com uma celebração marcada pelo protagonismo juvenil no Centro de Excelência Deputado Jonas Amaral, em Socorro, SE. Reafirmando a continuidade do compromisso educativo que a Mostra propõe a cada edição, foram exibidos curtas-metragens produzidos por estudantes que participaram da Oficina de Cinema Mobile. Em seguida, os diretores dos filmes mais votados receberam suas premiações diante de professores e colegas, num momento emocionante, reiterando o sentimento de pertencimento e a potência do Cinema Negro como instrumento de educação e transformação social.
Elaborada em módulos formativos, a oficina proporcionou aos jovens uma imersão em técnicas de roteiro, gravação, direção e edição de vídeos, promovendo o acesso democrático à linguagem cinematográfica. “Esse tipo de ação ajuda a fortalecer o sentimento de pertencimento como comunidade escolar e amplia a socialização e as habilidades socioemocionais dos estudantes”, afirmou o professor José Figueiredo destacando, também, que a parceria com a EGBÉ já é algo consolidado na instituição. “No planejamento do ano letivo, já perguntam se a oficina vai acontecer, e isso é algo muito importante para uma escola que está inserida dentro de um contexto de vulnerabilidade social”, destacou.
O curta-metragem “O Prato Cheio”, dirigido por Matheus Andrade, foi o mais votado e leva o protagonismo à merenda escolar como alimento, energia e esperança para seguir aprendendo. “Um tema que veio muito forte para mim foi a falta de alimentação que alguns alunos têm em casa e que a escola pode sanar essa dificuldade”, comentou Matheus Andrade. O aluno também destaca o quanto a oficina foi uma atividade enriquecedora. “Tive um pouco de dificuldade com o roteiro, mas recebi o apoio dos facilitadores, já a parte de gravar e editar foram as que eu mais gostei”. Matheus recebeu um smartphone como prêmio e já tem objetivos para desenvolver na área do audiovisual.
A atividade é uma realização do Cineclube Candeeiro e Rolimã Filmes, com apoio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (FUNCAP/SE) e recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital Tarcísio Duarte, voltado ao fomento de projetos culturais em Sergipe. Victor Ramos, coordenador de formação da EGBÉ, integrou o projeto conduzido pelos facilitadores Fernanda Almeida e Luan Allen, dois nomes de destaque no cenário do audiovisual negro sergipano.