Prefeitura de Socorro oferta serviços de acolhimento para pessoas em sofrimento mental ou uso abusivo de drogas
A administração conta com quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) espalhados pelo município
A atual gestão da Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro está focada em garantir acolhimento e saúde mental para a população do município. Para isso, a administração conta com quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) espalhados pelo município, entre eles o Usuário Janser Carlos de Oliveira Castro, localizado no Marcos Freire I, Rogalício Vieira da Silva, no Parque dos Faróis, Infanto Juvenil São Domingos Sávio, no Marcos Freire II, e o Caps AD Ana Pitta, no Marcos Freire I. Atualmente, o serviço atende cerca de 2.500 usuários que convivem com transtornos mentais graves, assim como pessoas que apresentam necessidades decorrentes do uso abusivo de álcool e outras drogas.
O serviço funciona no sistema porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento formal, pois o foco é o acolhimento do usuário em crise ou que necessita de intensificação do cuidado. Já as pessoas com necessidades oriundas do uso abusivo de álcool e outras drogas, é realizada um acolhimento e avaliação pela equipe multiprofissional para compreender os danos apresentados, o grau de dependência e as repercussões psicossociais causados pelo uso.
O coordenador executivo de saúde mental de Socorro, Cleston Soares, afirma que os Caps são tipo II e funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e conta com equipes multiprofissionais compostas por psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, educadores físicos, enfermeiros, oficineiros, artesãos, entre outros profissionais que atuam sob a ótica interdisciplinar. Segundo ele, as unidades seguem diretrizes de trabalho com cuidados em liberdade, reinserção social, reabilitação psicossocial e o fortalecimento da autonomia, e a ideia é que em 2026 alguns Caps de Socorro passem para tipo III, passando a atender 24h por dia, sete dias na semana, incluindo finais de semana e feriados.
“O caps é um lugar de cuidado integral à população que sofre com qualquer tipo de transtorno mental, ou que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas. É um lugar onde vamos trabalhar a ressocialização desses usuários, para que eles não acabem causando desorganização mental, precisando ocupar vagas em hospitais ou tendo que cumprir internações compulsórias ou involuntárias. Isso é um desafio, porque nos últimos anos a população tem adoecido cada vez mais. Por isso, estamos intensificando nossos trabalhos com toda Rede de Atenção Psicossocial”, disse Cleston.
O coordenador explicou que dos quatro Caps, dois são para adultos em sofrimento mental, o Rogalício Vieira e o Usuário Janser Carlos de Oliveira Castro, um referência em álcool e outras drogas, que é o Caps AD Ana Pita, e outro para crianças e adolescentes, o Infanto Juvenil São Domingos Sávio. “Todos são porta aberta. Qualquer pessoa que identificar que alguém está precisando de algum tipo de cuidado, pode se dirigir aos nossos equipamentos em qualquer momento”, afirmou Cleston.
A psicóloga do Caps Infanto Juvenil São Domingos Sávio, no Marcos Freire II, Yandra Frades, reforçou a importância de cuidar da saúde mental e explicou como funciona a dinâmica na unidade. “É de fundamental importância se atentar aos cuidados com a saúde mental ainda na infância, para evitar um sofrimento na vida adulta. A infância é um caminho que a gente vive a vida toda, por causa das cicatrizes, e esse cuidado vai fazer com que essas crianças se tornem adultos independentes. Aqui, nós avaliamos as necessidades e demandas de cada paciente, se encontra-se em um quadro grave, severo e persistente, para que possamos traçar uma estratégia, que pode ser em grupo ou individual”, explicou Yandra.