Simpósio destaca trajetória e protagonismo das Catadoras de Mangaba em Sergipe

A Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba (Ascamai), com apoio da Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SPM), realiza, no dia 11 de dezembro, às 8h30, no auditório do hotel Parque da Águas, em Aracaju, o ‘I Simpósio sobre a Trajetória das Catadoras de Mangaba de Sergipe em Busca de Empreendedorismo Social e Geração de Renda’, iniciativa que reúne lideranças comunitárias, órgãos públicos e entidades parceiras para debater direitos, inclusão produtiva e fortalecimento das mulheres que atuam na tradicional cata da mangaba.

O evento é viabilizado por meio do edital Acelera Mulher, promovido pelo Governo de Sergipe, que destinou R$ 25 mil para a realização do simpósio. A programação envolve 90 participantes, entre elas 60 catadoras e representantes técnicos e institucionais de seis associações distribuídas por diferentes regiões do estado.

O simpósio tem como propósito reconhecer e valorizar o conhecimento tradicional, estimular práticas de empreendedorismo social e ampliar o debate sobre sustentabilidade, políticas públicas e geração de renda em comunidades que historicamente sustentam sua organização a partir da coleta da mangaba.

Para Mirsa Barreto, coordenadora geral do projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, a realização do encontro reforça o papel estratégico dessas trabalhadoras. “As catadoras de mangaba representam resistência, saber tradicional e empreendedorismo social. Este simpósio é uma oportunidade de troca, aprendizado e valorização”, afirma.

A presidente da Ascamai, Alzilene Salvador, destaca o impacto do encontro no fortalecimento coletivo. “O simpósio nos permitirá compartilhar nossas experiências, desafios e celebrar nossas conquistas. Queremos continuar crescendo com autonomia, união e reconhecimento”, declara.

A assistente social do projeto Rede, que coordenará essa ação, Conceição Mendonça, ressalta que a iniciativa contribui diretamente para estratégias de inclusão e sustentabilidade. “O empreendedorismo social das catadoras demonstra que é possível gerar renda com respeito ao meio ambiente e à cultura local. Este simpósio fortalece políticas e práticas que ampliam oportunidades e dão visibilidade a essas mulheres”, afirma.