Censo 2022: Em Sergipe, o rendimento médio de uma pessoa branca é 61% maior do que o de uma pessoa preta
Além disso, o índice de pessoas brancas ocupadas com nível superior é quase o dobro do índice de pessoas pretas

O Censo Demográfico 2022 mostra que, na semana de referência, apesar de a ocupação em Sergipe ser equilibrada entre brancos, pretos e pardos, ainda há uma diferença significativa em relação a rendimentos. Segundo os dados do Censo, 48,2% dos sergipanos estavam ocupados no período de referência. Esse percentual foi de 48,4% entre a população branca; de 47,3% entre pardos; e de 51,6% entre pretos. As informações inéditas fazem parte da publicação do Censo Demográfico 2022: Trabalho e Rendimento.
Apesar disso, Sergipe segue a tendência nacional em relação à diferença de rendimento. No estado, o rendimento médio mensal, segundo dados do Censo, foi de R$ 2.129,50. Entre a população branca, o rendimento sobe para R$2.783,40, enquanto entre os pardos, o rendimento médio cai para R$1.962,60; e entre os pretos, para R$ 1.729. Ou seja, em Sergipe, o rendimento médio de uma pessoa branca é 61% maior do que o de uma pessoa preta – índice pouco superior ao da média nacional, que é de 55%
Em relação às pessoas ocupadas em Sergipe, o Censo 2022 aponta que, entre os brancos, 17,2% tinham Ensino Superior completo. Entre os pardos, o índice cai para 11% e entre os pretos, para 9,9%. Já entre as pessoas brancas ocupadas sem instrução e fundamental incompleto o índice é de 37,2%. Entre pretos e pardos, esse percentual sobre para 42%
Sergipe
O Censo Demográfico 2022 mostra que o nível de ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade em Sergipe foi de 48,2%, o que deu ao estado a melhor colocação do Nordeste (45,5%). No entanto, o percentual ainda foi menor que a média do país (53,5%) e colocou Sergipe na 16ª posição nacional.
Em relação aos rendimentos, o Censo 2022 mostrou que, em Sergipe, 86,8% das pessoas ocupadas ganhavam até três salários mínimos. O índice no Nordeste foi de 88% e nacional foi de 81,3%. Em Sergipe, no entanto, há uma grande concentração de pessoas ganhando até um salário mínimo (58,4%) - número que segue a tendência Nordeste (58,2%) e muito superior à média do Brasil (34,3%).
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