ITPS alerta para riscos da ingestão de mel contaminado

Ingestão do alimento contaminado pode levar a quadros de alergias e insuficiência respiratória; mel também pode ser adulterado com adição de açúcar, sacarose e amido.

ITPS alerta para riscos da ingestão de mel contaminado - Foto: Gabriel Ribeiro | Governo de Sergipe

Além de ser fonte de inúmeros benefícios, o mel puro é um alimento natural que não passou por adição de nenhum produto, por processo de aquecimento ou filtragem. No entanto, é essencial que os consumidores fiquem atentos à possibilidade de adulteração ou contaminação do produto, conforme alerta o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), órgão vinculado à Secretaria do Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).

Ao comprar o mel, os consumidores não conseguem distinguir, a olho nu, se o produto é puro ou adulterado, devido à ampla variedade de características presentes no alimento, como a cor e a densidade, por exemplo. Se contaminado, o mel pode causar irritações nas vias aéreas e desencadear alergias respiratórias em pessoas que são vulneráveis a fungos, como bolores e leveduras.

Para garantir que os consumidores tenham acesso a um produto seguro e livre de contaminações, o ITPS desempenha um papel importante na análise do alimento produzido no estado. A coordenadora do laboratório de bromatologia do ITPS, Karina Magna Leão, explica que o mel adulterado ou contaminado pode representar riscos à saúde. “Por isso as análises são cruciais para prevenir possíveis problemas de saúde, ao consumir o mel de origem duvidosa”, alerta Karina.

Ela destaca ainda que um dos principais focos da análise é verificar se houve adição de açúcar ou amido no produto. “Para isso, realizamos testes laboratoriais que analisam a composição química do mel, para identificar substâncias ou impurezas indesejáveis. Também são utilizadas técnicas de análise sensorial para avaliar o sabor e o aroma”, detalha a coordenadora.

Qualidade
A análise de mel avalia também aspectos como a umidade, acidez, teor de açúcares e sacarose. “Essas análises são essenciais para garantir que o mel esteja de acordo com os padrões de identidade e qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, para que os consumidores recebam um produto genuíno e seguro”, garante a coordenadora. 

Laboratório de bromatologia
O Laboratório de Bromatologia desempenha um papel fundamental na avaliação da qualidade dos alimentos, abrangendo diversos estágios da cadeia alimentar. Suas atribuições englobam desde a análise da matéria-prima até o desenvolvimento de novos produtos. As análises bromatológicas apresentam extrema relevância tanto para as indústrias quanto aos consumidores. Por meio dos resultados obtidos, é possível determinar se o alimento está em conformidade com os rigorosos padrões de identidade e qualidade estipulados pelas legislações vigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura (MAPA).

O Laboratório de Bromatologia utiliza métodos de análises oficiais da  Associação de Produtos Químicos Agrícolas (AOAC), do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e do Ministério da Agricultura (MAPA) e adota Normas de Boas Práticas de Laboratórios, como a ISO/NBR 17025:2017.

Serviço
Para solicitar os serviços do ITPS, é necessário buscar o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) presencialmente na rua Vila Cristina, no bairro Treze de Julho, em Aracaju. O serviço também pode ser solicitado por meio do telefone (79) 99191-3042, ou pelo e-mail sac@itps.se.gov.br.