Aracaju (SE), 11 de maio de 2025
POR: Asscom Unit
Fonte: Asscom Unit
Em: 13/11/2023 às 14:55
Pub.: 13 de novembro de 2023
Atualizada: 14/11/2023 às 05h55

Pesquisadora desenvolve inovação para tratamento de efluentes em salões de beleza

A pesquisa busca minimizar impactos ambientais e promover a sustentabilidade no setor de beleza.

 

Apesar da contribuição estética e no estímulo da autoestima, os salões de beleza enfrentam desafios ambientais consideráveis, principalmente devido aos efluentes gerados, que frequentemente contêm uma diversidade de substâncias químicas provenientes dos produtos utilizados, constituindo uma fonte notável de poluição.

Consciente desse cenário, a egressa de Engenharia Ambiental da Universidade Tiradentes (Unit), Amanda de Azevedo Gonçalves, empenha-se em encontrar alternativas eficazes e sustentáveis para lidar com esses resíduos. Seu foco está no desenvolvimento de uma solução inovadora para esse problema premente, conduzindo seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos da Unit.

Sob o título 'Tratamento de Efluentes de Salão de Beleza por Processos Eletroquímicos Oxidativos Avançados (POA) usando Ânodo Diamante Dopado com Boro', o estudo emerge como uma resposta promissora aos desafios ambientais do setor de beleza. Baseando-se na eletroquímica, a pesquisa propõe uma alternativa sustentável para o tratamento desses efluentes, com o intuito de preservar ecossistemas aquáticos e reduzir o impacto ambiental causado pelos resíduos químicos.

"A carga orgânica dos efluentes de salão de beleza (ESB) é complexa, devido à presença de compostos persistentes nos produtos químicos utilizados nos serviços prestados pelos salões. Como os tratamentos convencionais não removem esses componentes, surgem alterações nos sistemas endócrinos dos organismos aquáticos. Além disso, o setor de salões de beleza está em constante expansão. Assim, esta pesquisa buscou avaliar a degradação e o teor de mineralização do efluente proveniente das atividades do salão, utilizando processos de fotoeletro-peróxido em reator batelada", esclarece.

Os resultados obtidos pela pesquisa são notáveis, revelando uma expressiva redução na carga orgânica dos efluentes, com taxas de degradação alcançando 69% e mineralização atingindo 73%. Esses números representam um avanço substancial no campo do tratamento de efluentes de salões de beleza, apontando a viabilidade e eficácia da abordagem proposta.

"Observou-se que o processo combinado de fotoeletro-peróxido, utilizando LED UV-Full spectrum e H2O2, não havia sido explorado nas revisões de literatura até a defesa de minha tese de doutorado. Diante dos resultados desta pesquisa e da ineficácia do processo convencional na remoção desses poluentes, sugere-se a adoção dos POA como um pré-tratamento alternativo para os ESB, antes de serem descartados nas redes de esgoto", destaca.

Este estudo visa contribuir para o desenvolvimento sustentável, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6 da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca assegurar a disponibilidade e gestão sustentável de água potável e saneamento para todos.

Jornada acadêmica

A trajetória acadêmica de Amanda é caracterizada por uma busca incessante pelo conhecimento e dedicação à pesquisa. Durante sua graduação em Engenharia Ambiental na Unit, ela participou de projetos de Iniciação Científica voltados para a produção de biodiesel, uma alternativa promissora no panorama dos combustíveis limpos.

"Naquela época, o biodiesel era considerado uma das principais alternativas na busca por combustíveis limpos. Isso se devia principalmente à sua composição, predominantemente formada por ácidos graxos, seu alto poder energético e a possibilidade de conversão em ésteres (biodiesel) por meio de reações de transesterificação ou esterificação. Essas reações podem ser catalisadas de maneira homogênea ou heterogênea, sendo as mais eficientes em termos de custo-benefício quando comparadas a outras opções disponíveis. Diante disso, e considerando o avanço da produção de biodiesel no cenário brasileiro, sinto-me honrada por ter participado dessas pesquisas durante minha experiência na iniciação científica", relata.

A experiência de Amanda não se restringe aos laboratórios de pesquisa. Atualmente, como doutoranda, ela desempenha o papel de pesquisadora de hidrogênio no Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras no campo da energia sustentável. Sua paixão pelo conhecimento e seu comprometimento com a preservação ambiental a impulsionam a seguir um caminho de impacto e transformação na área da Engenharia Ambiental.

Neste momento, Amanda e sua equipe estão em negociações com professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Unit, visando estabelecer parcerias futuras relacionadas a processos para a produção de hidrogênio. O legado de sua pesquisa continua a ecoar, promovendo avanços não apenas na academia, mas também na indústria e na busca por soluções ambientais cada vez mais sustentáveis.


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