Saúde de Sergipe atualiza junto aos municípios plano de contingência à Monkeypox
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Sergipe, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, reuniu virtualmente os 75 municípios na tarde desta quinta-feira, 04, para apresentar as atualizações do plano estadual de contingência para o enfrentamento à Monkeypox. O documento foi elaborado com o objetivo de apoiar e orientar os profissionais e componentes da rede estadual de saúde sobre as medidas de vigilância, proteção e controle em situações de emergência em saúde pública.

Diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio Góes (Foto: SES/SE)
“Como os casos que existiam anteriormente eram todos vinculados a uma transmissão internacional, nós não tínhamos ações locais. Agora que há uma transmissão intensa no país, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, surgiu a necessidade de que toda a rede esteja preparada para reconhecer casos suspeitos, fazer a notificação e a coleta de material”, explicou Marco Aurélio.
Enfatizou que desde o início a Secretaria de Estado da Saúde vem mantendo uma comunicação constante com os municípios para o repasse de diretrizes e salientou que agora que foi ampliado o conceito da Monkeypox, que a definição de casos ficou mais sensível, é essencial que todos os municípios estejam em alerta para esse fato e organizem o seu fluxo, estabelecendo como vai lidar com a situação.
Marco Aurélio ressaltou que o plano estadual de contingência abrange todo o território sergipano e vai mudando de acordo com cada momento epidemiológico. Informou que até o momento ocorreram quatro casos suspeitos, sendo que dois foram descartados e dois do município de Aracaju estão em investigação.
“Sabemos que nesse momento em que há uma transmissão no território nacional existe a tendência de aumento de casos e de notificações, principalmente porque outras doenças de pele também podem parecer muito com o Monkeypox, a exemplo da catapora, herpes hostes, herpes simples, a sífilis e uma vez que a gente começa a falar disso as pessoas vão suspeitar mais e assim vão se ampliar as notificações”, considerou.
O diretor de Vigilância em Saúde destacou a Secretaria de Estado da Saúde é responsável pela distribuição dos kits e os municípios de fazerem a coleta de amostras. Estas, segundo ele, são enviadas para o laboratório de referência que é o da FioCruz, no Rio de Janeiro. Informou que a Secretaria de Saúde trabalha para que o Ministério da Saúde descentralize o exame e o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe possa realizar os testes, uma vez que tem estrutura para executá-los.
No plano estadual de contingência a Secretaria de Estado da Saúde orienta sobre transmissão e sintomas, definição de casos suspeitos, prováveis, confirmados e descartados, notificações, investigação, identificação e rastreamento de contatos, bem como sobre o manejo clínico do paciente, prevenção e controle de infecções.