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Aracaju (SE), 02 de agosto de 2025
POR: SES/SE
Fonte: SES/SE
Em: 07/12/2017
Pub.: 07 de dezembro de 2017

Médicos e enfermeiros da Área Vermelha do Huse reagem contra artigo raivoso do Cinform

No último dia quatro, em sua edição online, o jornal Cinform publicou artigo contra o Governo do Estado, tendo como alvo a Área Vermelha do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).  Com texto destilando raiva e um profundo rancor, o jornalista se apropriou do conhecimento científico que não possui para desqualificar a gestão da saúde pública de Sergipe, mas atingiu também os profissionais médicos e enfermeiros que, diuturnamente, enfrentam uma batalha para salvar a vida dos pacientes que chegam em estado grave naquela unidade hospitalar que opera com superlotação permanente.

Desconhecedor dos fatos reais e levado pela inconsequência da presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe, o jornalista feriu o mais sagrado dos princípios jornalísticos que foi o de negar à parte ofendida ou denunciada, o direito de se pronunciar. Ao afirmar que a Área Vermelha do Huse se pratica o genocídio, o jornalista insulta não apenas a gestão, mas, a honra profissional dos que lidam naquele espaço de salvação de vidas.

Mmédico e Referência Técnica da Área Vermelha do Huse, Renato Mesquita (Foto: SES/SE)

Mmédico e Referência Técnica da Área Vermelha do Huse, Renato Mesquita (Foto: SES/SE)

O médico e Referência Técnica da Área Vermelha do Huse, Renato Mesquita, leu o artigo e ficou indignado. “O paciente que entra na área vermelha é um paciente mais grave, é um paciente com múltiplas disfunções, que tem um perfil de mortalidade alto. Ao contrário do que foi falado na matéria, aqui tem muita gente séria trabalhando, que se dedica ao extremo para salvar vidas. Claro, temos problemas sim, tem uma questão de descompromisso funcional, tem sim; tem uma questão de falta de material, sim, isso ocorre, mas temos um hospital superlotado. O que não se pode é pegar os fatos isolados e tentar dar uma conotação diferente do que eles realmente têm”, criticou o médico.

Segundo o Referência Técnica, o Huse tem uma taxa de mortalidade de doenças como a Sepse (infecção generalizada) em torno de 30% a 40%, quando a média de óbitos no Brasil para esse tipo de enfermidade é de 50% a 60%. “Os dados que apresento são confiáveis, são da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e mostram que Sergipe está abaixo da média nacional em mortalidade por Doença Sepse”, frisou.

Renato Mesquita garante que o artigo é falacioso. “É notório a superlotação do Huse, as condições em que a gente trabalha, mas quando você fala em genocídio você implica a culpa em alguém e a equipe que esta lá postada e que toma conta desses pacientes,  o peso recai sobre esses profissionais que tomam conta do paciente.  Então assim, você tem que ter cuidado quando vai colocar coisas técnicas e faz associações muito frustras entre uma causa e um efeito, sem uma análise profunda dos fatos e do contexto. Isso é tecnicamente irresponsável”, opinou.

O enfermeiro e gerente da Área Vermelha do Huse, Luciano Lopes de Queiroz,  expressa a frustração da colegas. “É um sentimento de tristeza porque há uma dedicação muito grande de todos os profissionais, enfermeiros, médicos e fisioterapeutas que aqui atuam. Enfrentamos uma batalha diária para salvar vidas e, as acusações feitas, nos deixam tristes por partir de alguém que é da classe, é da saúde, que conhece a realidade, conhece as dificuldades que enfrentamos no setor público e conhece o esforço, a batalha. Conversando com meus colegas, ninguém ficou contente com isso. Ficamos tristes por tudo que ela veiculou de forma irresponsável”, desabafou.


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