MPF/Sergipe e Embrapa buscam medidas de proteção da cultura da mangaba

Estudo realizado pela empresa de pesquisa mostra redução de 30% das áreas de ocorrência da mangaba no Estado.

O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgaram, na última quinta, o estudo “Mapa do extrativismo da mangaba em Sergipe: situação atual e perspectivas”. A pesquisa identificou a redução de 30% das áreas de ocorrência da mangaba no estado em apenas seis anos, desde que foi realizada a primeira versão do mapa, em 2010, a pedido do MPF.

 A intenção do MPF é usar as informações contidas no estudo para auxiliar na atuação de proteção do meio ambiente e da comunidade tradicional das catadoras de mangaba, que dependem do acesso às áreas de ocorrência da árvore para catar a fruta, atividade fundamental para manutenção do modo de vida da comunidade.

Medidas

A procuradora Lívia Nascimento Tinôco, responsável pela atuação do MPF junto às comunidades tradicionais no Estado, realizará, em 2017, reuniões com os prefeitos das cidades incluídas no estudo. “Vamos distribuir o mapa e saber como os prefeitos podem apoiar na proteção das mangabeiras”.

A procuradora pretende também convocar os órgãos de proteção ambiental para realizar o cruzamento de áreas públicas estaduais e federais onde há ocorrência de mangaba, para estimular sejam disponibilizadas para as mangabeiras e para replantio.

Participaram do lançamento, além do MPF e da Embrapa, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Banco do Nordeste e do Movimento das Catadoras de Mangaba.