Aracaju (SE), 19 de novembro de 2025
POR: Jéssica Bordin
Fonte: Assessoria
Em: 19/11/2025 às 11:54
Pub.: 19 de novembro de 2025

Especialista explica como agir diante da febre

Aliada ou inimiga? Com as viroses sazonais em alta é importante saber quando se preocupar com o sintoma

Especialista explica como agir diante da febre - Foto: Assessoria

São Paulo, novembro de 2025 - Durante as mudanças de temperatura e o aumento de casos de viroses e arboviroses, a febre costuma ser um dos primeiros sinais que despertam a atenção de pais e cuidadores. Apesar de causar preocupação, nem sempre ela é uma vilã. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP),  a febre é uma reação natural do corpo e pode, inclusive, ser uma importante aliada na defesa do organismo.

Com a chegada dos meses mais quentes, é essencial manter a atenção aos hábitos de higiene, à alimentação e à prevenção de doenças infecciosas. “A febre é um sintoma que acompanha diversas condições, desde infecções virais simples até doenças mais graves. Ela é uma resposta fisiológica a um processo inflamatório e, muitas vezes, um mecanismo de proteção do corpo”, explica Dra. Jéssica Ramos, infectologista e integrante do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês.

Febre e viroses: o que está por trás do sintoma

A febre não é uma doença, mas sim um sinal de alerta do organismo diante de uma “agressão”, como uma infecção viral ou bacteriana. Ela ajuda o corpo a reagir contra agentes invasores, aumentando a eficiência do sistema imunológico. O tratamento só é indicado quando há sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, calafrios ou mal-estar.

As viroses, por exemplo, são infecções causadas por diferentes tipos de vírus que afetam o sistema respiratório, digestivo ou até a pele. Já as arboviroses, segundo o Ministério da Saúde, são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos (como dengue, zika e chikungunya) e também podem começar com febre e sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico inicial.

“Essas doenças costumam gerar bastante ansiedade, especialmente entre pais de crianças pequenas. A febre é o primeiro sinal que algo não está bem, mas o importante é observar o contexto: se ela vem acompanhada de sintomas como manchas, desânimo intenso ou dificuldade para respirar, é preciso procurar um médico”, orienta a especialista.

Quando se preocupar e buscar ajuda médica

Recentemente, a definição de febre em crianças foi atualizada: agora, é considerada febre uma temperatura axilar igual ou superior a 37,5° (ou 38°C, quando medida por via oral ou retal). No entanto, a intensidade e a duração devem ser observadas com atenção. “Desde uma simples gripe até condições mais graves como pneumonia, tuberculose ou sepse podem provocar febre. Se a temperatura persistir por mais de 48 horas ou atingir níveis altos, o acompanhamento médico é imprescindível”, reforça a Dra. Jéssica.

Sobre a especialista
Dra. Jessica Ramos é graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com residência médica em Infectologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e doutorado em Ciências também pela USP. A especialista integra o Núcleo de Infectologia do Hospital Sírio-Libanês e é membro de importantes comitês de doenças infecciosas, entre eles da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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