Vigilância Sanitária de Aracaju alerta sobre consumo e comércio ilegal de canetas para obesidade
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Rede de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde (REVISA/ SMS), reforça o alerta à população sobre os perigos do uso e da comercialização irregular de medicamentos agonistas GLP-1, como Ozempic e Mounjaro. Estes medicamentos são indicados exclusivamente para o tratamento de diabetes e obesidade, sob orientação médica.
De acordo com o farmacêutico Lucas Nogueira, da REVISA, o órgão tem recebido diversas denúncias relacionadas à venda ilegal desses produtos por pessoas não autorizadas, principalmente através de redes sociais. “Esses medicamentos só podem ser vendidos em drogarias, mediante prescrição médica e retenção da receita. O que temos identificado são produtos contrabandeados ou falsificados, muitas vezes vindos do Paraguai”, explica.
Os medicamentos originais são fornecidos em canetas de uso individual e único, que devem ser descartadas após a aplicação. No entanto, os produtos irregulares encontrados nas redes sociais costumam ser frascos multidoses, de origem e composição desconhecidas. “Esses frascos podem conter substâncias diferentes das declaradas, não ter o princípio ativo, ou até estarem contaminados por bactérias, vírus ou fungos”, alerta o farmacêutico.
Outro fator de risco é o armazenamento inadequado. “Os medicamentos legítimos são termolábeis e precisam ser mantidos sob refrigeração. No comércio irregular, geralmente são expostos à temperatura ambiente, o que compromete a eficácia e a segurança do produto”, enfatizou Lucas.
A Vigilância Sanitária de Aracaju mantém ações contínuas de inspeção em drogarias e distribuidoras autorizadas, garantindo que os medicamentos regulares estejam dentro das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Contudo, a venda e a compra de medicamentos contrabandeados configuram crime, devendo ser denunciadas à polícia. “Se não é um produto registrado na Anvisa e comercializado por empresas autorizadas, a Vigilância Sanitária não pode atestar a qualidade desse produto”,ressaltou .
O farmacêutico reforça a importância de o cidadão estar atento aos sinais de irregularidade. “Preços muito abaixo do mercado, rótulos em língua estrangeira e ausência de informações obrigatórias como data de validade, número de lote e dados do fabricante, são indícios de que esse produto pode ter sido contrabandeado ou importado de forma irregular”, detalhou.
A Secretaria Municipal da Saúde orienta que, ao suspeitar de produtos irregulares, a população informe à Vigilância Sanitária de Aracaju via Ouvidoria da saúde no telefone 0800 729 3534 (opção 2) ou presencialmente na sede na SMS, localizada na rua Nelly Correia de Andrade, número 50, bairro Coroa do Meio.