Nota do Sindpen sobre fuga e rebelião no Copemcan
Copemcan (Foto: Sejuc/SE)
O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça de Sergipe - SINDPEN informa que na madrugada desta segunda-feira, 22, 11 detentos fugiram do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), localizado no município de São Cristóvão. Os detentos, que estavam no pavilhão 2, serraram as grades e usaram uma corda feita de lençóis (tereza) para pular o muro do presídio. No momento da fuga, todas as guaritas da unidade prisional (ao todo 13) estavam desativadas por falta de efetivo, situação corriqueira em todas as unidades prisionais de Sergipe e que é de conhecimento do Governo do Estado.
Já nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 22, poucos antes do horário de visitas, os detentos do Pavilhão 1, iniciaram uma rebelião. Eles arrancaram as grades das Alas A e B do pavilhão, deixando o local totalmente destruído. Os agentes de plantão, além dos agentes do Grupo de Operações Penitenciárias (GOPE) e do Grupo Tático (GTOP) se mobilizaram rapidamente, impedindo a ocorrência de uma fuga em massa. A Polícia Militar também foi acionada e o Grupamento Tático Aéreo (GTA), o Batalhão da Polícia de Choque, além do Comando de Operações Especiais deram apoio fazendo a segurança da área externa do presídio. Após intensas negociações, a rebelião foi encerrada.
O SINDPEN chama atenção para a lamentável situação do Copemcan, que tem capacidade para 800 detentos e atualmente abriga 2900. Neste mesmo local, alas com capacidade para 160 detentos, abrigam 500. As dificuldades e a superlotação se estendem às outras unidades prisionais de Sergipe, onde há um baixo efetivo de agentes e faltam equipamentos de proteção individual (EPIs).
Os Agentes Penitenciários continuam cobrando que o Governo do Estado valorize a categoria e envie à Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) o Projeto de Lei, preparado pela Comissão Especial de Atos Preparatórios do Concurso Público (formada por representantes do Sindpen, Sejuc, Seplag e PGE), que trata da reestruturação da carreira e faz alterações na Lei Complementar 72, viabilizando o concurso público para agente de segurança do sistema prisional.