Katarina "esquece” Edvaldo, "ataca” Emília e expõe "desespero eleitoral”! :: Por Habacuque Villacorte
Katarina Feitoza está visivelmente preocupada com sua reeleição no próximo ano
Já vivemos o clima “pré-eleitoral” e todos os “mandatários” que têm o direito de buscar a reeleição já estão com todas as atenções direcionadas para as eleições de 2026. Algumas falas e posicionamentos em entrevistas, na atuação políticas e/ou no exercício do mandato, já sinalizam uma preocupação em “agradar a torcida” e “cativar mais gente”, mesmo que para isso tenha que cair em profunda contradição e até cometa alguns “deslizes”, nas críticas ou elogios proferidos.
Delegada de Polícia concursada, a deputada federal Katarina Feitoza (PSD) está visivelmente preocupada com sua reeleição no próximo ano, e com razão, considerando que o eleitorado em geral tem manifestado nas redes sociais certo descontentamento com sua atuação parlamentar, além também por entender que dentro do PSD ele tende a enfrentar um adversário considerando muito mais fortalecido em uma disputa direta, que é o também deputado Fábio Reis (PSD).
Os governistas apostam que o PSD pode eleger dois deputados federais, mas já há quem entenda que hoje o grande favorito é o representante lagartense, deixando Katarina sob o risco de ficar na suplência. Desta vez, por mais que o governador Fábio Mitidieri (PSD) esteja lhe dando todo o suporte para buscar a reeleição, principalmente dentro da estrutura da Segurança Pública, o compromisso do chefe do Executivo e de toda a sua família será o de eleger o secretário Cláudio Mitidieri para uma cadeira em BSB.
É sabido por todos que, em 2022, Katarina teve o apoio integral do então governador Belivaldo Chagas, que foi decisivo e honrou todos os compromissos para ela chegar à Câmara dos Deputados. Com a proximidade de uma eleição difícil, a impressão é que a parlamentar ativou o modo “desespero eleitoral” e “escolheu” a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), para fazer críticas à atual gestão, apontando erros do município, mas silenciando sobre problemas crônicos, como a crise hídrica que assolou o Estado.
Mas até para “atacar” Emília Corrêa a Delegada Katarina precisa ter cuidado para não ser tão incoerente. Como deputada federal, ela demonstra esquecer que esteve ao lado do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), à época como vice, e foi tão responsável quanto pelos problemas e mazelas causados pela gestão municipal anterior. O desgaste era tamanho que, mesmo com todo o agrupamento reunido, Edvaldo e Katarina foram derrotados na disputa pela PMA quando apoiaram Luiz Roberto (PDT) em 2024.
Nas entrevistas que concede, em tom “desesperado”, Katarina transmite uma imagem negativa de Aracaju, como se o “caos” tivesse se “instalado” na cidade em janeiro passado. Na prática, o eleitorado aracajuano “reprovou” o projeto de Edvaldo e Katarina, ao ponto de interromper a continuidade. O ex-prefeito continua “rifado” dentro do seu próprio agrupamento e a deputada federal tenta se consolidar como uma liderança de oposição, com poucos argumentos e baixo convencimento.
Em síntese, a estratégia de só ver problemas na gestão é uma narrativa não eficaz, fora do contexto, considerando que Emília Corrêa começa a enumerar agendas positivas. E não custa lembrar que Edvaldo, mesmo com todo o “planejamento” que Katarina exalta, deixou Aracaju abandonada e coberta de lixo nos seus últimos dias de gestão por atrasos nos pagamentos realizados, sem contar que hoje é alvo de CPIs na Câmara Municipal. Preocupada com a reeleição, talvez a Delegada não se tenha atentado para isso...