Cuidados redobrados para a coleta do lixo em condomínio
O descarte correto do lixo em condomínio diminui os riscos de contaminação por doenças infecciosas, entre elas a COVID-19.
Quando o assunto é higiene e prevenção, diante da pandemia da COVID-19, todo o cuidado é insuficiente, uma vez que a contaminação pelo coronavírus ocorre a partir do contato da pessoa com o ambiente contaminado.
Nesse sentido, se quem reside em casa precisou transformar a rotina com medidas mais rigorosas de higienização, imagine a necessidade esse rigor para quem reside em prédios de apartamentos, onde o convívio social é inevitável mesmo que cada morador permaneça em seu espaço de isolamento.
Nos condomínios há rituais coletivos, sendo o recolhimento do lixo um dos mais exercitados pelos habitantes do espaço. Se por algum motivo esse recolhimento não for feito de acordo com os procedimentos necessários, toda a coletividade estará exposta aos riscos da contaminação.
É preciso muito cuidado, principalmente em relação ao descarte de produtos não recicláveis como máscaras, por exemplo. Afinal, vivemos num país onde apenas 17% da população é atendida pela coleta seletiva. A falta desse hábito e do descarte devidamente adequado torna a possibilidade da contaminação em algo ainda mais arriscado.

Coordenadora do Programa Conduta Consciente da Unit, professora Luciana Rodrigues (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
Motivo esse que preocupa bastante, em especial no momento em que se constata elevado risco de contaminação, considerando que a maioria da população sequer tem como hábito fazer o descarte correto do seu lixo.
“Estamos sofrendo bastante por conta de práticas que não conseguimos agregar no nosso dia a dia, como a simples responsabilidade pelo nosso próprio resíduo”, alerta Luciana.
Ela salienta que em agosto a política nacional de resíduos sólidos completa uma década sem que nada tenha mudado de forma significativa no país que recicla apenas 3% das 72 milhões de toneladas produzidas anualmente.
“A contribuição e a consciência individual é, portanto, de fundamental importância para a manutenção da sua própria saúde e com a saúde do próximo”, pondera Luciana que considera indispensável que as pessoas se habituem à coleta seletiva.
Ela ressalta que a postura pós-pandemia no cuidado redobrado para a coleta do lixo deve ser as mesmas redobrando esse cuidado com os procedimentos de descarte, a fim de que se evite a contaminação.
A professora Elayne Emília, coordenadora dos cursos de Engenharia da Unit, entre eles Engenharia Ambiental, reforça ser fundamental que toda a população adote medidas de precaução com o armazenamento e descarte dos resíduos.
Os resíduos suspeitos de contaminação pela COVID-19 ou mesmos os já contaminados devem ser inseridos em sacos descartáveis, devidamente fechados, e levados para os respectivos coletores. “Essa ação contribui muito para a prevenção e redução de riscos de contaminação”, diz a professora.
Elayne destaca o conteúdo divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária, que mensura o tempo de permanência do vírus em cada tipo de superfície. “Sobre o plástico, cinco dias; papel, quatro a cinco dias; resíduos de vidro, quatro dias; alumínio, de duas a oito horas; aço, quatro horas; madeira quatro dias; e luvas cirúrgicas, oito horas”, revela.