Inteligência Artificial no monitoramento de pacientes da Covid-19
Os recursos utilizados pela IA antecipam resultados e favorecem as pesquisas para o combate da COVID-19.
Assim como todas as áreas se mobilizam em ações de combate ao Covid-19, a ciência da computação, mais especificamente a Inteligência Artificial, têm propostas nesse sentido.
De forma geral, cientistas dessa área estão envolvidos em trabalhos de análise dos dados gerados com o objetivo de fazer predições a respeito da evolução da pandemia, apesar de que essa não parece ser uma tarefa simples por diversos motivos.

Especialista em IA e professor da Unit, Adolfo Guimarães (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
Ele exemplifica essa constatação citando a empresa canadense na área da saúde Bloodshot onde os pesquisadores conseguiram mostrar a partir da análise de textos postados nas redes sociais, blogs, fóruns especializados e dados de companhias aéreas, como a doença se propagaria pela China antes do anúncio oficial feito pelas autoridades da Organização Mundial da Saúde. Esse tipo de trabalho é extremamente importante para que o governo possa tomar decisões com antecedência e consiga se preparar, mesmo antes dos relatos de infectados.
Existem também muitas propostas, não só de análise e predição, mas de visualização desses dados. Isso ajuda os especialistas da área entender o conjunto de dados produzidos.
“Uma outra iniciativa é a utilização de técnicas de Inteligência Artificial pra controle social. A gente vê a ações que usam processamento de imagem, reconhecimento facial, análise automática de temperatura corporal para ajudar a mapear as pessoas com sintomas e para controlar o isolamento social”, lembra Adolfo.

Fábio Santos, coordenador dos cursos de Computação da Unit (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
“Uma das principais importâncias da IA nesse momento é o de ajudar a entender o cenário pandêmico por meio de ações cada vez mais específicas que certamente contribuem para o aprimoramento das ações futuras”, afirmou Adolfo.
Com 22 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, Fábio Santos, coordenador dos cursos de Computação da Unit, diz que a capacidade de precisão da máquina processar informação é muito superior a capacidade do ser humano, com isso é possível utilizar diversas bases informações da área médica espalhadas em todo mundo onde o indivíduo forneça os dados para que a IA possa entender sobre as fontes informadas, aprimorando e dando melhores soluções com base nessas informações.
“A ideia básica consiste na criação de modelos a partir dos quais as máquinas consigam aprender os detalhes da área médica e propor soluções mais rápidas e efetivas. É isso que os pesquisadores têm feito e buscado com a utilização da inteligência artificial. Na pandemia do COVID-19, o processo de utilização da IA será cada vez mais acentuado”, finalizou.